sábado, 30 de abril de 2011

Os Sacramentos, como estamos tratando hoje.


O Sacramento do Batismo é tratado mais como uma superstição do que um sacramento. Eu já ouvi dizer que “batizar é bom porque ajuda cair o umbigo da criança”. Sem contar as famílias que sem nenhum conhecimento convida padrinhos que são de outra religião para batizar seus filhos. É inadmissível coisas desse gênero, devemos entender também que é culpa da própria Igreja, culpa do Povo de Deus, de nós catequistas. O que nós estamos fazendo que não conseguimos explicar verdadeiramente o valor de um sacramento essencial para vida cristã?  Por que os padres não tiram um pouquinho do tempo da homilia para expor essas questões? Por que concordamos com coisas dessa natureza? Isso é algo que devemos refletir e agir de forma firme.


O Sacramento da Crisma é algo que durante muito tempo pareceu ser “facultativo”. Pois assim me disseram logo depois que fiz a primeira comunhão: “Ah, você faz crisma se quiser, se não quiser não precisa”. E nós sabemos que isso não é verdade. Nós entendemos e sabemos da importância do sacramento do Espírito Santo. E mais uma vez nos calamos, como se concordássemos com essa ideia. As pessoas só procuram a Crisma quando se vêem às vésperas de seu casamento porque a Igreja exigiu a crisma para casar. Aí é aquele corre-corre, aquele desespero para fazer catequese, quanto tempo demora, não dá pra fazer mais rápido, e assim vai se levando um sacramento de Deus “nas cochas”.

O Sacramento da Penitência é outro paradigma que existe dentro da Sociedade. Confessar-se é para beatas, pessoa normal não precisa confessar. Pra quê? Padre come arroz e feijão como eu, não preciso contar meus pecados pra ele. E assim se joga no lixo mais um presente que Deus nos deu. E digo mais, muita gente, mas muita gente dentro da Igreja pensa do mesmo jeito. Não fala, mas pensa. Ficamos com vergonha, não queremos nos expor, temos medo de que o padre conte para alguém e por isso protelamos, esperamos mais um tempo e deixamos de lado, enquanto isso nossa espiritualidade morre e o meu SER de catequistas, o meu SER de cristã também. Eu pergunto para você meu irmão catequista, há quanto tempo VOCÊ não se confessa?



 O Sacramento da Unção é o mais esquecido por todos. Se perguntarem para um grupo de pessoas quais são os sete sacramentos, a maioria irá esquecer do sacramento da unção. E por que se esquecerão desse sacramento? Porque ele é esquecido por nós católicos. Porque muita gente entende e ensina que esse sacramento é só para a hora da morte, por isso também é conhecido como “extrema unção”. E isso é um erro grave porque o sacramento da Unção também é um sacramento de Cura, assim como o da Penitência, nós devemos encara-lo como um remédio espiritual.  Man enquanto isso, nós vivemos doentes espiritualmente por aí e tentamos buscar solução em tantos lugares e não percebemos que a nossa cura está tão clara e viva neste sacramento.



O Sacramento do Matrimônio para mim é o segundo da lista dos mais banalizados pelo mundo. Se casa e se descasa numa facilidade e velocidade impressionante. Vemos na televisão, nos jornais, nas revistas, artistas trocando de parceiros, fazendo grandes celebrações de casamento, coisa linda, mas não há sacralidade nenhuma nessas uniões. É somente um grande “evento social”. Isso faz com que todos façam o mesmo e cada vez mais se casa nas Igrejas e cada vez mais se descasa nos tribunais e por quê? Porque os casais de hoje em dia não entendem o presente que Jesus nos dá por meio desse Sacramento. Não entendem a importância que tem o sacramento da família. E que a família é base para todo ser humano. E toda vez que se desfaz uma família é vitória do diabo que une todas as suas forças para acabar com a Graça na vida do homem. E assim o ser humano sem referência de família cresce perdido, sem referências e aí se torna alvo fácil para ser vítima do inimigo que usa pessoas como estas para ser instrumento de desgraça para si e para os outros, haja vista o que vimos esses dias no RJ. Isso é falta de família!



O Sacramento da Ordem é outro sacramento que sempre aparece na mídia ao mostrar casos de Pedofilia e faz com que isso se torne um “prato cheio” para opinião pública - ateia, anticatolicista, ceticista e secular – denegrir a imagem da Igreja Católica. Devemos pontuar algumas coisas que são importante em relação a isso: primeiro, em todas as atividades há bons profissionais e maus profissionais e o erro e o pecado são inerente ao ser humano.  Por isso, o erro de um sacerdote não é o fim do mundo. 



Segundo, a Igreja não obriga ninguém a ser padre. Isso passa por um processo de Vocação, de escolha, de livre-arbítrio, é por isso que um vocacionado ao sacerdócio passa em média 8 anos em um seminário estudando, se conhecendo, conhecendo as pessoas, conhecendo o trabalho que ele terá pela frente. O problema é que ainda assim, passam por esse processo pessoas que depois sacerdotes cometem esses erros. Infelizmente é compreensivo isso. Pense por exemplo em quantas pessoas você conhece que escolheram a faculdade errado e que por algum motivo hoje é um profissional frustrado ou abandonou a profissão e faz outra coisa. Isso também acontece com o sacerdócio, o problema é que quando um médico erra ele fere a sua imagem e quando um padre erra ele fere também a Imagem da Igreja. 



Devemos nós leigos, cuidar mais dos nossos padres, devemos nós também repudiar todo tipo de crítica ao sacerdote, principalmente dos evangélicos, mas também devemos repudiar toda atitude errada dos sacerdotes. Tenho certeza que você catequista conhece padres que deixaram o sacerdócio, eu conheço vários. Cada vez mais rezo para que possamos ter sacerdotes sempre mais santos para nos ajudar a nos levar ao céu.



E então vem o sacramento mais banalizado de todos, segundo a minha opinião, o Sacramento da Eucaristia. O mais banalizado em quantidade e em gravidade, por quê? Porque os primeiros a banalizar a Eucaristia somos nós, católicos, leigos, catequistas, que não nos damos conta da relevância espiritual que esse sacramento tem para nossas vidas. Nós precisamos entender que banalizar este sacramento é banalizar o próprio Cristo. 



Quantas vezes você já comungou em pecado mortal? Quantas vezes você comungou sem sentir preparado para isso? Quantos catequizandos ao fim do ano você viu comungando, mas você sabia que eles não estavam preparados para tal? Quantos padres cometem erros litúrgicos gravíssimos banalizando a Eucaristia.



Por exemplo, eu já vi padre fazer a consagração do pão e do vinho em uma celebração de casamento sem missa. Eu, quando ministro, já estive ao lado de padre bêbado celebrando a eucaristia.



Mas é importante deixar claro para quem não sabe, que ensina a Sagrada Teologia Cristã que os méritos do padre, ou seja, independente se o padre pecou antes da celebração, se está bêbado ou não, etc., o efeito do sacramento continua o mesmo. Pois os efeitos de todos os sacramentos valem a partir da ação celebrativa realizada na vida da pessoa que recebe. E a única diferença que vai haver entre a Eucaristia da minha igreja e da sua é a dedicação, o carinho e a sacralidade do padre em relação a Eucaristia. 



Mas deixemos o padre e pensemos em nós, pensemos na nossa relação com os sacramentos. Como estamos vivendo os sacramentos? Consigo enxergar Jesus neles, tenho usufruído com responsabilidade e amor os sete grandes presentes que Jesus nos deu por meio da Sua Igreja? 


Pense nisso!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

OS MILAGRES EUCARÍSTICOS

OS MILAGRES EUCARÍSTICOS
Não é possível permanecer indiferentes ao grande número de milagres ligados ao sacramento da Eucaristia. São tantos ocorridos no decorrer dos séculos até os nossos dias que é praticamente impossível enumerar todos. Santo Ireneu de Lião, bispo e mártir, um dos primeiros Padres da Igreja ocidental, disse: "Se se crê na encarnação, não se pode não crer na Eucaristia".
Os milagres eucarísticos não são somente sinais extraordinários que quebram as leis da natureza. São sinais da bondade de Jesus para nos recordar de que Ele de fato está presente neste santo sacramento.
A Eucaristia é, por si mesma, o milagre dos milagres, o mesmo prodígio da Encarnação, da Paixão, da Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. O fato de o Senhor ter dado aos sacerdotes a autoridade para consagrar o pão e o vinho, transformando-os no Seu Corpo e Sangue, possui um valor maior do que ressuscitar os mortos, curar doenças ou manifestar outros sinais extraordinários. A cada Eucaristia o próprio Jesus, em corpo, alma e divindade, torna-se presente entre os seus amigos, reunidos para cumprir a sua ordem:
" Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).
Lanciano, Itália, ano 700

Lanciano é uma pequena cidade medieval banhada pelo mar, na Itália, entre as cidades de San Giovanni Rotondo e Loreto. Antigamente a chamavam de "Anxanum". A mudança de nome teve a finalidade de perpetuar uma homenagem a Longino, que segundo a Tradição nasceu lá e foi o centurião romano que cravou a lança no flanco direito de JESUS Crucificado, alcançando o Coração do Redentor, para ver se ELE ainda estava vivo, conforme descreve São João em seu Evangelho (Jo 19,34).
Os muitos acontecimentos que se sucederam na vida do centurião despertaram o seu espírito e o conduziram ao caminho da conversão. DEUS perdoou o seu abominável sacrilégio e ele, ao longo da sua vida, demonstrou de maneira eloqüente a sua amizade e o seu imenso amor ao SENHOR JESUS. A Igreja reconheceu a notável transformação espiritual que o santificou e o colocou entre os Santos do SENHOR. É conhecido como São Longino e sua imagem está no Vaticano, no Santo Sepulcro em Jerusalém e em diversos outros altares do mundo. Sua Festa é comemorada no dia 15 de março.
Na época em que aconteceu o milagre que vamos focalizar, a Igreja de Lanciano estava entregue à proteção dos santos Legonciano e Domiciano, e era administrada pelos monges basilianos do Rito Grego Ortodoxo.
Um monge da Ordem de São Basílio (basiliano), sábio nas coisas do mundo, vacilava contudo nas coisas da fé. Atravessava um terrível período de perturbação espiritual, de tal ordem que o levava a duvidar da presença real de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO na Hóstia Consagrada. Mas ele lutava contra aquela abominável tentação e rezava, suplicando ao CRIADOR que iluminasse o seu espírito e o livrasse daquela dúvida cruel e do medo que envolvia a sua consciência, que o fazia imaginar estar perdendo a sua vocação sacerdotal. Todavia, ele era um homem fraco em sua vontade. À medida que passavam os dias, aquele drama interior aumen¬tava de intensidade e afetava a sua disposição, roubando-lhe até o prazer de viver.
Por outro lado, a situação do mundo naquela época não o favorecia em nada no fortalecimento da sua fé. Havia muitas heresias disseminadas por todas as partes, as quais eram acolhidas por leigos e pessoas da Igreja. Diversos bispos e sacerdotes aceitavam aquelas doutrinas sem uma maior e mais profunda reflexão. Imperava então uma terrível confusão de idéias, que deixavam dúvidas nas mentes de muitos fiéis e religiosos, resultando num grande mal-estar e em incompreensões no seio da Igreja.
Certa manhã, como habitualmente acontecia, estava o monge celebrando a Santa Missa quando foi acometido por uma incontrolável onda de dúvidas. Envergonhado consigo mesmo, com um olhar de piedade, contemplou a Hóstia e o Vinho que estavam à sua frente, pois ele começara a rezar a Consagração. De súbito, as suas mãos tremeram e o seu corpo foi envolvido por uma vigorosa e profunda emoção. Permaneceu imóvel, em silêncio, de costas para o povo (antes do Concílio Vaticano II as Missas eram celebradas assim). Depois de alguns minutos, voltando-se para os fiéis, que não sabiam o que acontecia e aguardavam com expectativa e ansiedade, falou: "Ó testemunhas afortunadas, a quem o Santíssimo DEUS, para destruir a minha falta de fé, quis revelar-se a si mesmo neste Bendito Sacramento e fazer-se visível diante de nossos olhos. Venham irmãos, venham todos e maravilhem-se com o nosso DEUS tão próximo de nós. Venham contemplar a Carne e o Sangue de nosso Amado CRISTO".
A Hóstia tinha se transformado em Carne e o Vinho se convertido em Sangue do SENHOR. As pessoas, presenciando o Milagre, ficaram emocionadas e surpresas, repletas de alegria pela infinita bondade Divina em lhes proporcionar tão extraordinária manifestação. Por isso, clamavam por perdão e misericórdia para as suas vidas, declarando-se indignas de presenciar tão grandioso e comovente milagre. Com o avançar das horas, saíram para as suas casas e divulgaram a auspiciosa notícia por onde passavam. Em pouco tempo, toda a cidade ficou sabendo da notável manifestação sobrenatural e as pessoas afluíram à Igreja, centenas e milhares delas, que superlotaram todas as dependências do templo cristão, porque todos estavam ávidos para ver o Corpo e o Sangue de JESUS.
o milagre ocorreu no ano 700 de nossa era e causou um efeito admirável, porque atuou preponderantemente sobre a crença daquele sacerdote basiliano e sobre a fé de muitas pessoas frias e indiferentes, que não acreditavam na Sagrada Eucaristia, na presença Real de JESUS em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Aquele milagre converteu a vida de todos eles.
Ê importante destacar que desde a data do acontecimento a Igreja acolheu o fato como "um verdadeiro Sinal do Céu" e venerou o Corpo e o Sangue do SENHOR nas procissões que anualmente são realizadas no dia da Festa, último domingo do mês de outubro.
Inicialmente o milagre foi conservado num artístico relicário de marfim. Posteriormente, foi colocado num magnífico ostensório de ouro. O Sangue do SENHOR, após o acontecimento sobrenatural, coagulou em cinco porções, como se fossem cinco pelotas. Elas guardam uma incrível propriedade: cada bola de sangue coagulado tem o mesmo peso que as outras juntas. O Sangue adquiriu uma cor marrom sépia. A Carne ficou com uma cor grená, escura. Entretanto, quando se coloca uma lâmpada por trás, ela adquire uma cor rosada.
A Igreja de Lanciano permaneceu sob a custódia dos monges de São Basílio até 1176, quando assumiram os padres beneditinos, que permaneceram até 1252. A seguir vieram os franciscanos e tiveram que fazer muitas obras, porque a estrutura do templo estava comprometida. Em 1258, os franciscano construíram uma nova igreja, no local da antiga, e a colocaram sob a proteção de São Francisco. Em 1515
o papa Leão X implantou em Lanciano uma sede episcopal, o em 1562 o papa Pio IV emitiu uma Bula elevando-a à condição de sede arquiepiscopal. Em 1887, o arcebispo de Lanciano, monsenhor Petrarca, obteve do papa Leão XIII indulgência plenária perpétua para quem visitasse o Milagre Eucarístico no período da Festa, último domingo de outubro e os seguintes oito dias, da oitava, em cujo período transcorrem as celebrações em honra do Precioso Sangue e do Sagrado Corpo do SENHOR. Em 1566, com a ameaça de invasão pelos turcos, frei Giovanni Antônio de Mastro Renzo e seus companheiros construíram uma capela especial e bem protegida, a Capela Valsecca, onde foi abrigado com segurança o milagre de JESUS Eucarístico. Ali permaneceu até o ano de 1902, quando construíram um magnífico altar com dois tabernáculos: no superior, colocaram o Ostensório Especial com o milagre e no inferior, o Sacrário com as Hóstias Consagradas nas Santas Missas, para o consumo dos fiéis. Na parte de trás, há uma pequena escada de acesso, por onde as pessoas podem subir e admirar bem de perto o Ostensório com o extraordinário milagre. A emoção da visita é sempre grande e proporciona manifestações espontâneas que atestam a admiração e a comoção das pessoas diante do próprio DEUS.
Algumas conclusões de exames científicos
Ao longo dos séculos, muitas pesquisas foram feitas com, a Carne e o Sangue do milagre eucarístico. As investigações modernas foram concluídas em 1970 e atestaram:
• A Carne é verdadeira carne humana.
• A Carne é um pedaço do tecido muscular do coração (miocárdio).
• O Sangue também é humano.
• O sangue da Carne e o Sangue coagulado têm o mesmo tipo sanguíneo: "AB".
• No Sangue encontram-se proteínas na mesma proporção em que se apresentam no sangue humano vivo.
• No Sangue também se encontram sais minerais em proporções idênticas às encontradas num ser humano normal: dosagens de cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
• A preservação da Carne e do Sangue durante doze séculos, sem a ajuda de qualquer conservante ou ingrediente químico, é perfeita e admirável.
(O milagre da EUCARISTIA para VOCÊ - Pe. Alberto Gambarini)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

30/04 19:30hs Missa de encerramento do Ágape, Seminário de vida no Espírito Santo.

30/04 Efusão do Espirito Santo as 18hs pregador  Antonio da Paroquia N. S. Aparecida
30/04 Missa 19:30hs com Pe. Fernando Venâncio, pedimos para todos que 
estiverem vindo para este grande final de Seminário que tragam 1 kg de 
alimento não perecível  para entregarmos as pessoas carentes de nossa
comunidade paroquial, contamos com sua colaboração, um forte Ágape.
Local: Com. Santo Antônio em Sumare - SP Participe...
informações ligue 019-3864-0500 fale com a Dolores.

Queremos agradecer a todas as pessoas que nos ajudaram direta ou indiretamente 
para que se realizasse este evento aqui na cidade de Sumaré - SP, a todos os 
pregadores, a todos os ministérios de musica, a todas as pessoas que convidaram
mais pessoas a participarem e nos ajudaram a evangelizar. Agradecer ao Pe. Fernando
por ter acreditado em nós e a abertura para este tipo de evangelização. Obrigado.
DEUS OBRIGADO POR ESTAR CONOSCO EM TODOS OS MOMENTO, AMÉM.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Dia da Divina Misericórdia

Dia da beatificação revela devoção de JPII à Divina Misericórdia

Gracielle Reis
Da Redação, com colaboração de Leonardo de Meira


Arquivo
João Paulo II conhecia a íntegra da devoção à Divina Misericórdia e a retomou logo que assumiu o pontificado
Festa da Misericórdia de 2011 terá um aspecto todo especial, pois vai acontecer no mesmo dia da beatificação doPapa João Paulo II, em 1º de maio.

No dia 30 de abril de 2000, a partir das revelações de Jesus à Santa Faustina, João Paulo II, além de canonizá-la, instituiu a festa que, a partir de então, passou a ser celebrada no segundo Domingo da Páscoa, conforme consta no diário da santa, disseminado por todo mundo:

Acesse
.: Página especial da beatificação de JPII

Toda alma contemplará em relação a Mim [Jesus], por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa. A humanidade não terá paz enquanto não se voltar à fonte da Minha misericórdia” (Diário, nº 699).

Além de João Paulo II ter nascido no mesmo país que a religiosa, o futuro beato também se mostrou um legítimo "divulgador da misericórdia”. Na homilia de dedicação do Santuário da Divina Misericórdia
, em Lagiewniki, na Cracóvia (Polônia), no dia 17 de agosto de 2002, o Santo Padre, ao repetir a conhecida jaculatória "Jesus, eu confio em vós", afirmou que, mediante o contexto atual de tantas "manifestações do mal", esta invocação da misericórdia de Deus deve ser um sinal de confiança e esperança de todos os homens.
Deste modo, ele destacou, durante a homilia, que a "graça da misericórdia" deve prevalecer no coração humano, na sociedade e para a concretização da paz:

"Quanta necessidade da misericórdia de Deus tem hoje o mundo! Em todos os continentes, do profundo do sofrimento humano, parece que se eleva a invocação da misericórdia. Onde predominam o ódio e a sede de vingança, onde a guerra causa o sofrimento e a morte dos inocentes, é necessária a graça da misericórdia para aplacar as mentes e os corações, e para fazer reinar a paz. Onde falta o respeito pela vida e pela dignidade do homem, é necessário o amor misericordioso de Deus, em cuja luz se manifesta o indescritível valor de cada ser humano. É necessária a misericórdia para fazer com que toda a injustiça no mundo encontre o seu fim no esplendor da verdade”.
"Papa da misericórdia"
O reitor do Santuário da Divina Misericórdia no Brasil, padre Ednilson de Jesus, que pertence à Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição*, destaca que este é um dos títulos que pode ser atribuído a João Paulo II, pois enquanto padre e bispo na Polônia, Karol Wojtyla já conhecia a devoção.
Ouça
.: Entrevista com padre Ednilson sobre a Divina Misericórdia e a devoção de JPII
 

Arquivo Canção Nova
Padre Ednilson enfatiza ainda que a devoção significou uma mensagem de esperança para o complexo século XX, em que predominaram regimes totalitários e a ocorrência de guerras mundiais
O sacerdote considera que a mensagem da Divina Misericórdia teria "passagem livre" na Igreja somente através de alguém que a conhecia na íntegra. "O Papa João Paulo II e a Divina e Misericórdia estão estritamente unidos". É assim que enfatiza padre Ednilson, ao falar também da alegria de sua congregação pela beatificação do Santo Padre acontecer no Domingo da Misericórdia.
"João Paulo II instituiu [a festa] não só para a Igreja, mas é perceptível na sua vida que ele também fazia uso da misericórdia. Ele mesmo sempre acreditava na devoção, mesmo no período em que ela foi suspensa", acrescenta.
O reitor explica que, assim que assumiu o pontificado, o Santo Padre retomou a devoção na Igreja, pois ele mesmo fez a experiência do amor misericordioso de Deus.
Ao ressaltar esta experiência do Sumo Pontífice com Jesus Misericordioso, através dos escritos da religiosa, padre Ednilson de Jesus recorda as palavras do Papa na homilia de canonização de Faustina:
"E tu, Faustina, dom de Deus ao nosso tempo, dádiva da terra da Polônia à Igreja inteira, obtém-nos a graça de perceber a profundidade da Misericórdia Divina, ajuda-nos a torná-la experiência viva e a testemunhá-la aos irmãos!".
Por fim, o sacerdote explica que, hoje, a Igreja endossa a seriedade da devoção e o fato da beatificação acontecer na Festa da Misericórdia confirma o trecho do diário de Santa Faustina que é associado ao antecessor de Bento XVI - "Amo a Polônia de maneira especial e, se ela for obediente à Minha vontade, Eu a elevarei em poder e santidade. Dela sairá a centelha que preparará o mundo para a Minha Vinda derradeira" (Diário, nº 1732).
"Essas palavras se dirigem à pessoa de João Paulo II, se referem direta e exclusivamente a [ele]", conclui padre Ednilson.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tema: O Pecado. Ágape 2011, por Eder Pradella de Oliveira



TEMA: O PECADO
A misericórdia e o pecado
“Deus, que nos criou sem nós, não quis salvar-nos sem nós”. O acolhimento da sua misericórdia exige de nós a confissão das nossas faltas. «Se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos, e a verdade não está em nós. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e para nos purificar de toda a maldade” (1 Jo 1, 8-9).
Como afirma São Paulo: «Onde abundou o pecado, superabundou a graça» (Rm 5, 20). Mas para realizar a sua obra, a graça tem de pôr a descoberto o pecado, para converter o nosso coração e nos obter «a justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor» (Rm 5, 21). Como um médico que examina a chaga antes de lhe aplicar o penso, Deus, pela sua Palavra e pelo seu Espírito, projeta uma luz viva sobre o pecado:
A conversão requer o reconhecimento do pecado. Contém em si mesma o juízo interior da consciência. Pode ver-se nela a prova da ação do Espírito de verdade no mais íntimo do homem. O Espírito da verdade é o Consolador.
Definição de pecado
O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a reta consciência. É uma falha contra o verdadeiro amor para com Deus e para com o próximo, por causa dum apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e atenta contra a solidariedade humana.
O pecado é contrário ao amor que Deus nos tem e afasta d'Ele os nossos corações. É como o primeiro pecado, uma desobediência, uma revolta contra Deus, pela vontade de os homens se tornarem “como deuses”, conhecendo e determinando o que é bem e o que é mal (Gn 3, 5). 

A diversidade dos pecados

É grande a variedade dos pecados. A Sagrada Escritura fornece-nos várias listas. A Epístola aos Gálatas opõe as obras da carne aos frutos do Espírito: “As obras da natureza decaída ("carne") são claras: imoralidade, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, inimizades, discórdias, ciúmes, fúrias, rivalidades, dissensões, facciosismos, invejas, excessos de bebida e de comida e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já vos tinha prevenido: os que praticam ações como estas, não herdarão o Reino de DeuS” (Gl 5, 19-21) (93).
A raiz do pecado está no coração do homem, na sua vontade livre, conforme o ensinamento do Senhor: «do coração é que provêm pensamentos malévolos, assassínios, adultérios, fornicações, roubos, falsos testemunhos, maledicências – coisas que tornam o homem impuro» (Mt 15, 19). Mas é também no coração que reside à caridade, princípio das obras boas e puras, que o pecado ofende.

A gravidade do pecado: pecado mortal e pecado venial

O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave à Lei de Deus. Desvia o homem de Deus, que é o seu último fim, a sua bem-aventurança, preferindo-Lhe um bem inferior. O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora ofendendo-a e ferindo-a.
O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital que é a caridade, torna necessária uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração que normalmente se realiza no quadro do sacramento da Reconciliação.
O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, tal como o próprio amor. Tem como conseqüência a perda da caridade e a privação da graça santificante, ou seja, do estado de graça. E se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus, originará a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no Inferno, uma vez que a nossa liberdade tem capacidade para fazer escolhas definitivas, irreversíveis. No entanto, embora nos seja possível julgar se um ato é, em si, uma falta grave, devemos confiar o juízo sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.
Comete-se um pecado venial quando, em matéria leve, não se observa a medida prescrita pela lei moral ou quando, em matéria grave, se desobedece à lei moral, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento.
O pecado venial enfraquece a caridade, traduz um afeto desordenado aos bens criados, impede o progresso da pessoa no exercício das virtudes e na prática do bem moral; e merece penas temporais. No entanto, o pecado venial não quebra a aliança com Deus e é humanamente reparável com a graça de Deus. «Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, portanto, da bem-aventurança eterna».
O pecado é, antes de mais, ofensa a Deus, ruptura da comunhão com Ele. Ao mesmo tempo, é um atentado contra a comunhão com a Igreja. É por isso que a conversão traz consigo, ao mesmo tempo, o perdão de Deus e a reconciliação com a Igreja, o que é expresso e realizado liturgicamente pelo sacramento da Penitência e Reconciliação. Por isso somos chamados a conversão através do Sacramento da Reconciliação, pois, aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia de Deus o perdão da ofensa a Ele feita e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja, que tinham ferido com o seu pecado, a qual, pela caridade, exemplo e oração, trabalha pela sua conversão.
Este sacramento reconcilia-nos com a Igreja. O pecado abala ou rompe a comunhão fraterna. O sacramento da Penitência repara-a ou restaura-a. Nesse sentido, não se limita apenas a curar aquele que é restabelecido na comunhão eclesial, mas também exerce um efeito vivificante sobre a vida da Igreja que sofreu com o pecado de um dos seus membros. Restabelecido ou confirmado na comunhão dos santos, o pecador é fortalecido pela permuta de bens espirituais entre todos os membros vivos do corpo de Cristo, quer vivam ainda em estado de peregrinos, quer já tenham atingido a pátria celeste.

Eder Pradella de Oliveira 23/03/2011

BIBLIOGRAFIA: CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edições Loyola: São Paulo, 2000. 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

24/04 07:00hs Domingo da Ressurreição " Aleluia! O Senhor Ressuscitou!


PÁSCOA

A celebração pascal ocupa lugar central na vida da Igreja. Solenidade litúrgica por excelência, a Páscoa é a fonte e o cume de todo e qualquer culto cristão. A Igreja nasce da Páscoa e através dela atualiza-se pelas estradas da vida.
A Páscoa de Jesus Cristo sintetiza as aspirações humanas mais profundas, quando conjuga plenamente desejo/realidade e, em nível de fé, converte-se em evento salvífico de significado cósmico, pois torna possível a toda criatura o encontro decisivo com sua realização plena.
No silêncio fecundo da Vigília Pascal, mãe de todas as vigílias, a Igreja mergulha com Jesus Cristo nas profundezas da humilhação da morte (kenósis) e com Ele revive a experiência única e perene da Ressurreição, na alegria consciente de que o grão de trigo precisa morrer para produzir a vida.
Diante da importância dessa celebração para a vida da Igreja, resta-nos olhar mais de perto o evento pascal como memorial da vida e da ação de Cristo em favor da humanidade, preparando nosso coração para vivenciar esse mistério nos festejos que se aproximam.


23/04, 19:30hs Sábado Santo ( Vigília Pascal )


Celebração da Vida - Benção do Fogo Novo e da Água.

Desde os tempos primitivos, também no Sábado Santo não havia celebração da missa. Os fiéis reuniam-se nas igrejas para uma última preparação dos que iam ser admitidos ao batismo. Eles tinham acabado de aprender o Credo, e nesse dia eram trazidos para diante da comunidade, para fazerem uma solene declaração de fé.
Ao cair da tarde começava a solene vigília, que se prolongava até o nascer do sol do Domingo da Ressurreição. Com o passar do tempo, o início dessa vigília foi sendo colocado cada vez mais cedo, até ser realizada na manhã do próprio sábado. Assim foi até a reforma realizada pelo papa Pio XII que, apropriadamente recolocou a Vigília Pascal na noite do Sábado Santo. Assim, já não tem cabimento falar em Sábado da Aleluia. A comemoração da ressurreição é agora feita com muito mais sentido nas horas noturnas.
Solene vigília de Páscoa: Seu horário de início varia um tanto de lugar para lugar. De modo geral está marcado em torno das 22 horas. Sua liturgia consta de quatro partes:
1) a bênção do fogo novo;
2) a bênção do Círio Pascal;
3) a bênção da água batismal;
4) a Missa de Páscoa.
1. A bênção do fogo novo: Essa cerimônia começou a ser realizada de modo mais geral só a partir do século IX. No pátio, à entrada da igreja, acendia-se o fogo, usando pedras. Talvez inicialmente não fosse propriamente uma cerimônia, mas apenas um gesto normal, imposto pelas circunstâncias. Na quinta-feira, tinham sido apagadas todas as luzes da igreja. Era preciso reacendê-las para as funções noturnas. O meio normal para se conseguir fogo era o uso de pedras, uma vez que não dispunham de nossos meios modernos.
Aos poucos o ato foi sendo enriquecido com simbolismos. O que, aliás, não é de se estranhar: para os antigos o fogo era sempre um elemento misterioso. Era símbolo da vida, lembrava a divindade. Nada mais natural que esse simbolismo fosse aproveitado pelos cristãos. A própria oração da bênção do fogo diz-nos que "O Cristo é a pedra usada por Deus para acender em nós o fogo da claridade divina". Esse simbolismo, aliás, do Cristo que ilumina, aquece e é centro de vida, era mais claro ainda para os antigos. Isso porque, na Sexta-feira Santa, era costume apagar o fogão e todas as luzes das casas. Era no fogo novo que cada família acendia uma lâmpada para levar para casa e acender tudo de novo.
2. A bênção do Círio Pascal: Com o fogo novo, solenemente tirado da pedra e benzido, acende-se o Círio Pascal (vela grossa de cera), que é solenemente levado para dentro da igreja, que ainda está às escuras. O diácono, que leva o círio, na entrada, depois no meio da igreja, e finalmente quase chegando ao altar, pára e canta alegremente: A LUZ DE CRISTO!
3. A bênção da Fonte Batismal: Nos primeiros séculos da Igreja, era neste sábado que se fazia o Batismo dos que, durante um tempo mais ou menos longo, tinham sido preparados para a admissão na comunidade.
4. A missa de Páscoa: É a maior solenidade do ano. Até o século XI, era só nesse dia que os simples padres podiam cantar solenemente o Glória a Deus nas alturas. Nesse momento do canto do Glória, como ainda hoje, novamente os sinos e o órgão irrompiam numa grande explosão de alegria. Cristo venceu a morte, também para nós existe a tranqüila garantia de vida e esperança.






























segunda-feira, 18 de abril de 2011

22/04 19:00hs Grandiosa Procissão Luminosa ( Via Sacra )


Local de saída: Igreja São Sebastião

Chegada na praça da Matriz para encerramento com apresentação teatral para em seguida velar o corpo de Nosso Senhor Morto.

22/04 15:00 hs. Celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo * Adoração da Cruz


Local 1: Matriz N. Sra. Aparecida ( com participação da com. Sto. Antonio )

Local 2: Igreja São José ( com participação da com. São Francisco )

Local 3: Igreja Sta Luzia ( com participação das com. São Sebastião e São João )


 Um beijo de Adoração

“Que a nossa inteligência, iluminada pelo Espírito da Verdade, acolha, com o coração puro e liberto, a glória da cruz que se irradia pelo céu e a terra” (S. Leão Magno).
O mesmo santo nos diz que a santa cruz “é fonte de todas as bênçãos e origem de todas as graças. Por ela, os que crêem recebem na sua fraqueza a força; na humilhação, a glória; na morte, a vida”. Cantemos, nós também, a glória da Santa Cruz.
Nós adoramos a Santa Cruz porque ela foi o madeiro no qual o próprio Deus feito homem retirou a maldição do pecado que pesava sobre nós. A cruz era sinal de maldição, suplicio dos culpados e grandes marginais da sociedade. Cristo quis transformar esse sinal de maldição em sinal de benção. Mas, contudo, para entender melhor por que adoramos a Santa Cruz é preciso que compreendamos uma realidade: as coisas contêm um significado. Por exemplo: beijar uma pessoa tem distintos significados quando realizado em diversas circunstâncias. Uma criança que dá um beijo na sua mãe quer significar todo o carinho e agradecimento que sente por ela; duas pessoas que se dão os dois beijinhos sociais quando se conhecem não querem significar mais que o prazer que sentem em conhecer-se e celebrar dessa maneira ritual essa nova relação de amizade que começa; dois namorados que se beijam querem expressar o amor que sentem mutuamente. Há beijos que significam pura sensualidade, outros são exposições das escórias e dos desvios humanos. Enfim, um beijo pode significar muito! No caso do beijo à Santa Cruz, trata-se de um beijo que se pode interpretar em relação a outro beijo, aquele que o sacerdote dá ao altar todos os dias ao começar e ao terminar a Santa Missa: um beijo cheio de amor, de respeito, de admiração. O Altar representa a Cristo como a Cruz também o representa.

21/04 - Missa - Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ( Lava-Pés)

20:00 hs - Missa - Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ( O Lava-Pés )
em seguida adoração ao Santíssimo Sacramento até as 14:30hs  da 6º feira. 
Local 1: Matriz Nossa Sra. Aparecida ( com a participação da com. Sto. Antonio )
Local 2: Igreja São José ( com participação da comunidade São Francisco )
Local 3: Igreja Santa Luzia ( com participação das com. São Sebastião e S. João )

Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.

Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros.

Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem.

Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar.

Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha...

E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons...

Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas...

Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar: Quais os gestos concretos que nós como cristãos/ãs , vamos assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas?

Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição. Feliz Páscoa!