segunda-feira, 24 de abril de 2023

Reflexão: O Amor é paciente...

 


O amor é paciente

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse amor, seria como um bronze que soa ou como um símbolo que tini.

Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse amor, eu nada seria.

Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que eu entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse amor, isso nada me adiantaria.

O amor é paciente, o amor é prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não se enche de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor jamais passará. Quanto às profecias, desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é nossa profecia. Mas quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá.

Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio de menino. Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face.

Agora o meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido. Agora, portanto, permanecem fé, esperança, amor. Estas três coisas. A maior delas porém, é o amor.

Reflexão: Mãos...

 






Mãos

Há mãos que sustentam e mãos que abalam.
Mãos que limitam e mãos que ampliam.
Mãos que denunciam e mãos que escondem os denunciados.
Mãos que se abrem e mãos que se fecham
Há mãos que afagam e mãos que agridem.
Mãos que ferem e mãos que cuidam das feridas..

Mãos que destroem e mãos que edificam.
Mãos que batem e mãos que recebem as pancadas por outros
Há mãos que apontam e guiam e mãos que desviam.
Mãos que são temidas e mãos que são desejadas e queridas.
Mãos que dão arrogância e mãos que se escondem aos dar.
Mãos que escandalizam e mãos que apagam os escândalos.
Mãos puras e mãos que carregam censuras.
Há mãos que escrevem para promover e mãos que escrevem para ferir.
Mãos que pesam e mãos que aliviam.
Mãos que operam e que curam e mãos que ” amarguram”.

Há mãos que se apertam por amizade e mãos que se empurram por ódio.
Mãos furtivas que traficam destruição e mãos amigas que desviam da ruína.
Mãos finas que provam dor e mãos rudes que espalham amor.
Há mãos que se levantam pela verdade e mãos que encarnam a falsidade.
Mãos que oram e imploram e mãos que ” devoram” .
Mãos de Caim que matam.
Mãos de Jacó que enganam.
Mãos de Judas que entregam.

Mas há também as mãos de Simão, que carregam a cruz, e as mãos de Verônica, que enxugam o rosto de Jesus.
Onde está a diferença ?
Não está nas mãos, mas no coração
É na mente transformada que dirige a mão santificada, delicada.
É a mente agradecida que transforma as mãos em instrumentos de graça.
Mãos que se levantam para abençoar,
Mãos que baixam para levantar o caído,
Mãos que se estendem para amparar o cansado.

São como as mãos de Deus que criam, que guiam, que salvam. que nunca faltam.
Existem mãos… e mãos…
As tuas, quais são ?
De quem são ?
Para que são ?

Reflexão: Mulher forte e mulher de força...



Mulher forte e mulher de força

Uma mulher forte malha todo dia para manter seu corpo em forma…Uma mulher de força constrói relacionamentos para manter sua alma em forma. Uma mulher forte não tem medo de nada… Uma mulher de força demonstra coragem, em meio a seus medos.

Uma mulher forte não permite que ninguém tire o melhor dela…Uma mulher de força dá o melhor de si a todos. Uma mulher forte comete erros e evita-os no futuro…Uma mulher de força Percebe que os erros na vida, também podem ser bênçãos inesperadas e aprende com eles.

Uma mulher forte tem o olhar de segurança na face… Uma mulher de força tem a graça.Uma mulher forte acredita que ela é forte o suficiente para a jornada… Uma mulher de força tem fé que é durante a jornada que ela se tornará forte.

Reflexão: Lobo interior...

 


Lobo interior

Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.

Ele disse:
– A batalha é entre os dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, orgulho falso, superioridade e ego.
– O outro é bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
– Qual lobo vence?

O velho índio respondeu:
– Aquele que você alimenta!

Reflexão: Aprendizes...

 


Aprendizes

Se todos fôssemos mestres, a quem ensinaríamos?
Se de tudo soubéssemos, por que aqui estaríamos?
No entanto, temos diante da vida, na maioria das vezes,
uma postura de tudo saber,
de poder emitir ideias, avaliações, estabelecer conceitos…

E cheios de nós mesmos, como um balão que se enche e se eleva para poder ser visto por todos, seguimos com essa ilusão que teimamos em alimentar, buscando cada vez
mais nos auto afirmar
(tanto para os outros, quanto para nós mesmos).

Em todas as matérias somos doutores.
nas coisas da vida, diplomados.

A todo instante distribuindo conselhos,
pareceres, instruções àqueles que nos ouvem.

Tudo parecemos saber, quando tão pouco conhecemos!
O que será que desencadeou essa nossa postura?

Orgulho? Inteligência? Prepotência? Ignorância?
Poderei desfilar aqui mil motivos, justificativas…
Todas disfarces do medo.

O medo que nos assola é tamanho, tão grande,
que cria a lista de adjetivos citados
acima, apenas para não ser descoberto.
Por medo de não saber, fingimos saber tudo.
E o que é pior, convencemos aos outros e a nós mesmos.

Enquanto o medo permanece,
cresce e cria novas formas de nos manter cativos e ignorantes.

Não temos que saber tudo! Não temos que provar nada aos outros.
Temos que conhecer o medo, lidar com ele e, humildemente, nos apresentarmos á vida como aprendizes.

Pois, o verdadeiro mestre se auto intitula aprendiz!…”

Reflexão: Folhas Secas...

 


Folhas Secas

Ah! se viver fosse fácil não teríamos tantas dores e problemas espalhados em todos os cantos do planeta.

A dor visita a cada uma das pessoas com tarefas que as vezes, a primeira vista, parecem injustas demais, mas que acabam sendo necessárias para o amadurecimento do ser humano.

Problemas são como as folhas de uma árvore imensa que sempre vão cair, de uma maneira ou outra, num ciclo sem fim, o que muda é a forma como recolhemos essas folhas, ou como tratamos os problemas, pois muitas vezes deixamos as folhas acumularem-se pelo chão, sem dar importância devida para o monte que vai se formando, e quando vemos, as folhas já tomaram conta do chão, dos cantos, frestas e até dos quintais vizinhos.

Junte as folhas diariamente, cate seus problemas e resolva-os, removendo o que não serve mais, separando o que é importante e o que não é.

Folhas muito secas podem ser queimadas rapidamente, assim como os problemas pequenos, que muitas vezes damos importância demais, aumentando-os sem ao menos pensar em uma solução, paralisados pelo medo.

Não espere o Outono chegar e derrubar todas as folhas de uma vez, mantenha seu jardim da vida sempre limpo, cultive flores (otimismo), regue com bom humor, espalhe a boa semente (caridade) por todos os jardins, e receba da própria natureza os lucros de sua dedicação: cheiro de terra molhada, cores e perfumes das flores, frutos que alimentam e paz que preenche o espírito.

Problemas são folhas de árvores, você é o jardineiro e Deus o semeador da vida, e a vida pede cuidados diários.

FIQUE COM ELE.

QUE ELE SEMPRE CUIDARÁ DE VOCÊ.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

Reflexão: Dois pesos e duas medidas...

 


Dois pesos e duas medidas

Segundo os dicionários, justiça quer dizer conformidade com o direito. virtude de dar a cada um o que é seu. Jesus, no entanto, se referiu à justiça, recomendando que fizéssemos ao próximo o que gostaríamos que o próximo nos fizesse.

Todavia, nós, que tantas vezes temos cobrado da divindade que sacie a nossa sede de justiça, se analisarmos profundamente, não estamos verdadeiramente com sede de justiça, no real sentido do termo.

No convívio diário, muitas vezes nos surpreendemos agindo de forma injusta.

O trato com as pessoas que nos rodeiam é diferenciado conforme a posição social ou financeira, de subalternidade ou de autoridade, de que cada uma esteja investida.

Se nos dirigimos à serviçal que faz a faxina, por exemplo, falamos de determinada forma, num tom de voz e atenção distintos dos que empregamos para falar com pessoas que ocupam cargos que, a nosso ver, são mais importantes.

Se a pessoa que nos procura está vestida com trajes elegantes, mesmo que não saibamos de quem se trate, a nossa deferência é imediata. Mas, se está envolta em andrajos, bem diferente é a nossa atenção.

Outro exemplo, é quando nosso veículo começa a demonstrar sinais de que em breve terá o motor fundido. Qual a primeira idéia que nos vem à mente?

Se fossemos pessoas justas, certamente faríamos uma boa revisão reparando os danos e, ao ofertá-lo a alguém, no caso de venda, falaríamos a verdade ao comprador.

Mas o que normalmente ocorre é a idéia de passá-lo adiante o mais rápido possível. E quem comprá-lo que fique com o prejuízo, afinal o mundo é dos espertos, pensamos. E nos dizemos pessoas justas!

Se o inverso acontece conosco, imediatamente nos indignamos diante do que chamamos uma grande desonestidade. Como pode alguém nos vender um veículo prestes a fundir o motor? Que injustiça!

Se observamos os governantes corruptos a tirar vantagens pessoais com os recursos públicos, imediatamente levantamos a voz e clamamos por justiça.

Mas quantos de nós compramos atestados falsos, para ludibriar o patrão e receber o salário integral?

Usamos, nos vários momentos, dois pesos e duas medidas. E como nos conhecemos, sabemos porque agimos dessa maneira. Sabemos quais são as nossas verdadeiras intenções.

Assim, podemos nos perguntar: será que temos mesmo sede de justiça? Ou será que nos pesos e medidas só temos pensado em nós mesmos?

Reflexão: A águia e os filhotes...

 


A águia e os filhotes

A Águia empurra gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.

Seu coração maternal se acelera com as emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que ela sente a resistência dos filhotes aos seus persistentes cutucões: “Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?”, ela pensou.

Esta questão secular ainda não estava respondida para ela…
Como manda a tradição da espécie, o ninho estava localizado bem no alto de um pico rochoso, nas fendas protetoras de um dos lados dessa rocha.

Abaixo dele, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. “E se justamente agora isto não funcionar?”, ela pensou.

Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão maternal estava prestes a se completar.

Restava ainda uma tarefa final… O empurrão.

A águia tomou-se da coragem que vinha de sua sabedoria interior.

Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas, não haverá propósito para sua vida.

Enquanto eles não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer uma águia.

O empurrão era o maior presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.

E então, um a um, ela os precipitou para o abismo… E eles voaram!…
Já faz muito tempo que a mediocridade tenta fazer-nos obedecê-la! já faz muito tempo que damos atenção aos que nos perguntam: “Por que ser diferente?”, ou que racionalizam: “Vamos fazer apenas o mínimo exigido”.

Já faz muito tempo que concordamos em dar menos do que o melhor de nós, e ficamos convencidos de que a qualidade, a integridade e a autenticidade são virtudes negociáveis.

Assim, cara águia companheira, levante voo! Quando houver terminado este voo, terá firmado um compromisso inédito com uma vida de excelência em tudo.

Estará tão encorajado que duvido que possa sentir-se satisfeito em viver nas adjacências da mediocridade outra vez.

E por que deveríamos satisfazer-se lá embaixo? Erga os olhos e mire tão alto que possa começar a fazer aquilo para que foi criado: Um voo sublime.

Há milênios a águia tem sido respeitada pela sua grandeza.

Existe algo inspirador na graça impressionante de seu voo, em sua magnífica envergadura, em suas garras poderosas.

Ela plaina sem qualquer esforço em altitudes, insensíveis aos ventos turbulentos que sopram como chicotadas por entre as fendas das montanhas.

As águias não voam em bandos e tampouco se conduzem irresponsavelmente.

Por serem fortes de coração e solitárias, representam qualidades que admiramos.

Certamente você está ciente do fato de o estilo de vida semelhante ao da águia não ser barato. Custa caro ser diferente, especialmente quando a maioria está satisfeita em misturar-se e permanecer como maioria.

Não há ímãs na terra mais poderosos, do que a pressão exercida pelos medíocres.

Embora todos nós tenhamos apenas uns poucos anos para viver neste pequeno planeta, são raras as pessoas que tomam a decisão de desprezar a “Média” e lutar contra a atração forte dos ímãs medíocres.

Enfrente o fato, a tarefa é dura! é como diz o velho provérbio “É duro alçar voo altaneiro, sublime, quando estamos rodeados de tantas pessoas com medo de alçar voo!”…

terça-feira, 18 de abril de 2023

Reflexão: Trabalhar com alegria (homenagem ao dia do trabalhador)...

 


Trabalhar com alegria

Havia uma fazenda onde os trabalhadores viviam tristes e isolados uns dos outros.

Eles estendiam suas roupas surradas no varal e alimentavam seus magros cães com o pouco que sobrava das refeições.

Todos que viviam ali trabalhavam na roça do senhor João, dono de muitas terras, que exigia trabalho duro, pagando muito pouco por isso.

Um dia, chegou ali um novo empregado, cujo apelido era Zé alegria. Era um jovem agricultor em busca de trabalho.

Foi admitido e recebeu, como todos, uma velha casa onde iria morar enquanto trabalhasse ali.

O jovem, vendo aquela casa suja e abandonada, resolveu dar-lhe vida nova.

Cuidou da limpeza e, em suas horas vagas, lixou e pintou as paredes com cores alegres e brilhantes, além de plantar flores no jardim e nos vasos.

Aquela casa limpa e arrumada destacava-se das demais e chamava a atenção de todos que por ali passavam.

Ele sempre trabalhava alegre e feliz na fazenda, por isso tinha o apelido de Zé alegria.

Os outros trabalhadores lhe perguntavam: como você consegue trabalhar feliz e sempre cantando com o pouco dinheiro que ganhamos?

O jovem olhou para os amigos e disse: Bem, este trabalho hoje é tudo que eu tenho. Ao invés de blasfemar e reclamar, prefiro agradecer por ele. Quando aceitei trabalhar aqui, sabia das condições. Não é justo que agora que estou aqui, fique reclamando. Farei com capricho e amor aquilo que aceitei fazer.

Os outros, que acreditavam ser vítimas das circunstâncias, abandonados pelo destino, o olhavam admirados e comentavam entre si: “como ele pode pensar assim?”

O entusiasmo do rapaz, em pouco tempo, chamou a atenção do fazendeiro, que passou a observá-lo à distância.

Um dia o Sr. João pensou: “alguém que cuida com tanto carinho da casa que emprestei, cuidará com o mesmo capricho da minha fazenda.”

“Ele é o único aqui que pensa como eu. Estou velho e preciso de alguém que me ajude na administração da fazenda.”

Num final de tarde, foi até a casa do rapaz e, após tomar um café bem fresquinho, ofereceu ao jovem o cargo de administrador da fazenda.
O rapaz aceitou prontamente.

Seus amigos agricultores novamente foram lhe perguntar:

“O que faz algumas pessoas serem bem sucedidas e outras não?”

A resposta do jovem veio logo: “Em minhas andanças, meus amigos, eu aprendi muito e o principal é que: não somos vítimas do destino. Existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca. E isso depende de cada um.”

Toda pessoa é capaz de efetuar mudanças significativas no mundo que a cerca.

Mas, o que geralmente ocorre é que, ao invés de agir, jogamos a responsabilidade da nossa desdita sobre os ombros alheios.

Sempre encontramos alguém a quem culpar pela nossa infelicidade, esquecidos de que ela só depende de nós mesmos.

Para encobrir sua indolência, muitos jogam a culpa no governo, nos empresários, nos políticos, na sociedade como um todo, esquecidos de que quem elege os governantes são as pessoas. que quem gera empregos são os empresários, e que a sociedade é composta pelos cidadãos.

Assim sendo, cada um tem a sua parcela de responsabilidade na formação da situação que nos rodeia.

E para ser feliz, basta dar ao seu mundo um colorido especial, como o personagem desta história que, mesmo numa situação aparentemente deprimente para os demais, soube fazer do seu mundo uma realidade bem diferente.

E conforme ele mesmo falou: Existe em nós a capacidade de realizar e dar vida nova a tudo que nos cerca.

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Reflexão: A árvore gigantesca...

 


A árvore gigantesca

Um carpinteiro e seus auxiliares viajavam pela província de Qi, em busca de material para construções. Viram uma árvore gigantesca. cinco homens de mãos dadas não conseguiam abraçá-la. e seu topo era tão alto que quase tocava as nuvens.

Não vamos perder nosso tempo com esta árvore – disse o mestre carpinteiro. – Para cortá-la, demoraremos muito. Se quisermos fazer um barco, ele afundará – de tão pesado.

Se resolvermos usá-la para a estrutura de um teto, as paredes terão que ser exageradamente resistentes.

O grupo seguiu adiante. Um dos aprendizes comentou: – É uma árvore tão grande e não serve para nada!

– Você está enganado disse o mestre carpinteiro. Ela apenas seguiu seu destino a sua maneira. Se fosse igual às outras, nós já a teríamos cortado. Mas porque teve coragem de ser diferente, permanecerá viva e forte por muito tempo.

Reflexão: Sem compromisso.

 






Sem compromisso

Você veio ao mundo sem nenhum compromisso com o mundo.

Seu único compromisso era consigo mesmo: sobreviver.

Assim você permaneceu até determinado ponto de sua vida.

Quem cuidou de você até essa fase, também não tinha nenhum
compromisso com você, mas com ele próprio: era cuidar da criança que ali estava, sem ter pedido para vir.

Era só uma questão de responsabilidade.

Mas hoje, em todo bem que recebe, você se vê como devedor, e você paga com o que lhe ensinaram sobre gratidão, lição essa que lhe foi dada cheia de distorções,
imprimindo-lhe a culpa, estampando lhe no espírito a obrigação de idolatrar a quem o ajuda ou ajudou.

Quem doa de coração não impõe obrigação. É muito nobre e bonito o sentimento de gratidão, mas nos ensinaram que temos uma dívida com quem nos faz ou nos dá algo de bom.

Isso nos escraviza ao benfeitor e ele nem sabe disso na maioria das vezes. Você não deve nada a ninguém.

Ninguém deve nada a você. Somos todos canais por onde passa a energia doadora do Universo.

Não somos nós que doamos, mas sim a Providência Divina,
que doa através de nós.

Somos todos ferramentas da Mão de Deus para auxiliar aqueles que necessitam do nosso auxílio.

Quem ajuda ou ajudou você é uma dessas ferramentas.

Você também é uma delas. Seja grato, sim, mas não se escravize nem queira escravizar.

A maior parte dos escravos não amava seus “donos”. Simplesmente ame.

Ame a quem o ajuda, certo de que ele se sentirá mais confortável assim, com ele próprio e com você.

Dessa forma não há o dominado nem o dominador. Há em nós a certeza de que um dia deixaremos este mundo.

É a única certeza que temos sobre o futuro.

Cuidemos para que nossa alma volte à Nação de Origem assim como veio: livre de compromissos e de escravismo.

Que ela retorne plena da verdadeira gratidão e do mais gratificante de todos os sentimentos: o Amor.

Reflexão: O vencedor e o perdedor...

 


O vencedor e o perdedor

O vencedor é sempre parte da solução.
O perdedor é sempre parte do problema.

O vencedor sempre tem um plano.
O perdedor sempre tem uma desculpa.

O vencedor diz: “deixe-me ajudá-lo”.
O perdedor diz: “este não é o meu trabalho”.

O vencedor vê uma resposta para todo problema.
O perdedor vê um problema em toda resposta.

O vencedor vê sempre uma luz no meio da escuridão.
O perdedor vê sempre escuridão no meio de toda luz.

O vencedor diz: “é difícil mas é possível’.
O perdedor diz: ‘pode ser possível mas é muito difícil’.

POR TUDO ISSO, SEJA UM VENCEDOR!!!!

Reflexão: Apenas brincando...

 


Apenas brincando

Quando eu estiver, no quarto, construindo um edifício de blocos, Por favor não diga que eu “estou apenas brincando”. Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco. Sobre equilíbrio e forma.

Quando eu estiver bem vestido, arrumando a mesa, cuidando do bebê,
Não tenha a ideia de que eu “estou apenas brincando”. Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco. Algum dia eu posso ser uma mãe ou um pai.

Quando você me vir até meus cotovelos na pintura,
Ou ajeitando uma moldura, ou moldando e dando forma à argila,
Por favor não me deixe ouvi-lo dizer que eu “estou apenas brincando”. Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.
Eu estou me expressando e sendo criativo. Algum dia eu posso ser um artista ou um inventor.

Quando você me vir sentado em uma cadeira “lendo” para uma audiência imaginária,
Por favor não ria e não pense que eu “estou apenas brincando”.
Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.
Algum dia eu posso ser um professor.

Quando você me vir recolhendo insetos ou colocando coisas que encontro no bolso,
Não os jogue fora como se eu “estivesse apenas brincando”.
Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.
Algum dia eu posso ser um cientista.

Quando você me vir montando um quebra-cabeças,
Por favor, não pense que estou desperdiçando tempo “brincando”.
Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.
Estou aprendendo a concentrar-me e resolver problemas.
Algum dia eu posso ser um empresário.

Quando você me vir cozinhar ou provar comidas,
Por favor não pense que estou aproveitando, que é “só para brincar”.
Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.
Eu estou aprendendo sobre os sentidos e as diferenças.
Algum dia eu posso ser um “chef”.

Quando você me vir aprendendo a saltar, pular, correr e mover meu corpo,
Por favor não diga que eu “estou apenas brincando”.
Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.
Eu estou aprendendo como meu corpo trabalha.
Algum dia eu posso ser um médico, uma enfermeira ou um atleta.

Quando você me perguntar o que fiz na escola hoje,
E eu responder: “Eu brinquei”.
Por favor não me entenda mal.
Já que, entenda, eu estou aprendendo enquanto brinco.
Eu estou aprendendo apreciar e ser bem sucedido no trabalho.
Eu estou preparando-me para o amanhã.
Hoje, eu sou uma criança e meu trabalho é brincar.

Reflexão: Fazer o que gosta...

 


Fazer o que gosta

Sua melhor oportunidade de prosperar está em fazer o que você gosta. O amor é uma energia. Tudo que a gente faz com amor está impregnado dessa “energia de qualidade”, e esse tipo de energia é mais possível de se transformar em coisas boas. Mas isso não significa ausência de frustração ou de dor….

Fazer o que você gosta não é uma receita para uma vida mais fácil, é uma receita para uma vida interessante. O mais provável é que você assuma maiores responsabilidades e tenha mais problemas… Mesmo assim, pode valer a pena…

Quando a gente se interessa pelo que faz, o entusiasmo é o que mais ajuda. afinal, quando a gente está apaixonado, não precisa da motivação de ninguém. Por exemplo: se você abrir o restaurante dos seus sonhos e ninguém aparecer por lá, tente novas receitas, ideias e locações até que o estabelecimento fique lotado. Se lhe falta capital, leve seu entusiasmo a alguém com mais dinheiro que você e tente uma sociedade.

Pode ser que você passe por algumas frustrações, mas, no fundo, você sabe que está avançando. Decerto é necessária muita determinação, mas a sua paixão é o seu alicerce.

A vitalidade provém de um senso de propósito. Você tem o dever para consigo, e para com os demais, de fazer aquilo que o entusiasma. Já existe muita gente morna no mundo que se queima sem nunca ter se aproximado do fogo.

Só que é bom lembrar que acompanhar o seu sonho não é nenhuma garantia de viagem fácil. A vida geralmente se torna mais desafiadora, porém, você embarca numa viagem exterior que começa numa viagem interior. E tem oportunidade de florescer – de ver na verdade quem você é.

Em poucas palavras: seja onde for, você não está plantado – você é um ser humano, não uma árvore!

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Reflexão: A parábola das 3 arvores.



A Parábola das 3 arvores.


Havia no alto de uma montanha três árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.

A primeira, olhando as estrelas disse:
- Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros.
A segunda, olhando o riacho suspirou:
- Eu quero ser um navio grande para transportar reis e rainhas.
A terceira olhou para o vale e disse:
- Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem os olhos e pensem em Deus.
Muitos anos se passaram e, certo dia, três lenhadores cortaram as árvores. Todas ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam. Mas, os lenhadores não costumavam ouvir ou entender de sonhos... Que pena!
A primeira árvore acabou sendo transformada em um cocho onde colocavam feno para os animais.
A segunda, virou um simples barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.
A terceira, foi cortada em grossas vigas e colocada num depósito.
Então, todas perguntaram desiludidas e tristes:
- Por que isto?
Mas, numa bela noite, cheia de luz e estrelas, uma jovem mulher colocou seu bebê recém-nascido naquele cocho com feno. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
A segunda árvore acabou transportando um homem que terminou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o barco, o homem levantou-se e disse: "Silêncio" e tudo se aquietou, ventos e tempestades dissiparam. E num relance, a segunda árvore entendeu que estava transportando o Rei do céu e da terra!
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas, no domingo seguinte, o mundo vibrou de alegria. E a terceira árvore percebeu que nela havia sido pregado um Homem para salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de DEUS e de Seu FILHO ao olharem para ela.
As árvores haviam tido sonhos e desejos... mas sua realização foi mil vezes maior do que haviam imaginado.
Portanto, nunca deixe de acreditar em seus sonhos, mesmo que aparentemente eles sejam impossíveis de se realizar.
(Autor desconhecido)
O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.
Provérbios 16:9

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Reflexão: Aprenda com o silêncio.

 


Aprenda com o silêncio

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos, aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua, aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou, a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples, valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido, evitar reclamações vazias e sem sentido, aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores….

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar, como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo, complete a sua tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares, aprende com o silêncio a respeitar o seu “eu”, a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo, e o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial.

Reflexão: Palavrões

 


Palavrões

Uma tarde eu me debrucei em minha cama, lendo um livro interessante. Um vento gostoso entrava pela janela e eu me divertia, bastante concentrada em meu livro. De repente, comecei a ficar zonza e atordoada com uma barulheira que vinha não sei de onde…

Olhei: era a minha tia. Ela havia entrado em meu quarto, xingando e reclamando sem parar. Parecia que o problema era o cão que espalhara lixo pelo jardim.

Mas, que engraçado! A impressão que eu tive foi de que minha tia tinha espalhado um saco de lixo no meu quarto e saído como se nada tivesse acontecido…

Imediatamente, lembrei das vezes que falei palavrões. Como é desagradável uma pessoa que reclama de tudo, xinga os outros, pragueja quando algo acontece, diz palavrões!

Achei muito legal quando me explicaram uma frase:
“A boca fala do que o coração está cheio”.

Quer dizer que, se estamos tristes, falamos de coisas tristes e ruins. Se estamos alegres, conversamos sobre coisas belas e úteis, elogiamos as virtudes dos outros, buscamos fazer as pessoas se sentirem bem e felizes com a nossa presença.

É por isso que me esforço para prestar muita atenção em tudo o que eu penso e falo. Porque oferecer lixo aos outros é faltar com o respeito. Mas também porque, quando oferecemos flores, através de pensamentos, palavras ou atitudes, nossas mãos ficam cheias de perfume!

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Reflexão: A lição do elefante...

 


A lição do elefante

   Todos nós ficamos admirados quando vamos a um circo                                       e percebemos como os elefantes, animais grandes e forte                           se deixam dominar por uma corda.

Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de peso, tamanho e força. Mas depois de sua atuação, e até um segundo antes de entrar em cena, o elefante permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo.

Sem dúvida alguma a estaca é só um pedaço de madeira, enterrado alguns centímetros na terra.

E, ainda que a corrente seja grossa e poderosa, é óbvio que esse animal, capaz de arrancar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancar a estaca e fugir.

O “mistério” é evidente! O que o mantém, então? Por que não foge?

O elefante não escapa porque esta amestrado, dominado.

Se está amestrado, por que o prendem?.

O ELEFANTE DO CIRCO NÃO ESCAPA PORQUE TEM PERMANECIDO ATADO À ESTACA DESDE MUITO, MUITO PEQUENO.

Imagine o pequeno recém-nascido sujeito à estaca.

Tenho certeza de que ele puxa, força, faz de tudo pra se soltar. Apesar de todo o esforço, não pôde libertar-se. A estaca é certamente muito forte para ele.

Com certeza dorme esgotado e no outro dia continua tentando, e também nos outros dias que se seguem… Até que um dia, um terrível dia para sua história, o animal aceita sua impotência e se conforma com seu destino.

O Elefante enorme e poderoso que vemos no circo não escapa porque crê, realmente, o pobre, que não pode. Ele tem o registro e a recordação de sua impotência, daquela impotência que sentiu pouco depois de nascer… E o pior é que jamais volta a questionar seriamente esse registro.
Jamais… Jamais volta a colocar à prova sua força outra vez… E, na verdade, o mesmo acontece conosco!

Vivemos crendo que um montão de coisas “não podemos”. Simplesmente porque, alguma vez, quando éramos crianças, tentamos e não conseguimos.
Fazemos, então, como o elefante: gravamos em nossa memória: “Não posso…
Não posso e nunca poderei…”! Tirei esta ilustração de um site, e com base nela, pude nos comparar a este elefantinho.

Crescemos carregando essa mensagem que impusemos a nós mesmos… E nunca mais voltamos a tentar.
Quando muito, de vez em quando, sentimos as correntes, fazemos soar o seu ruído, ou olhamos com o canto dos olhos a estaca e confirmamos o estigma: “Não posso e nunca poderei!”.

A única maneira de tentar de novo é colocando muita coragem em nossa cabeça e em nosso coração! São os nós? Porque muitos não conseguem romper? O que poderia estar causando a paralisia emocional ou espiritual?



Reflexão: A importância do perdão...

 


A importância do perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa.

Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:

– Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.

Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:

– O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.

O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:

– Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.

O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:

– Filho como está se sentindo agora?

– Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.

O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:

– Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então lhe diz ternamente:

– Filho, você viu que a camisa quase não se sujou. mas, olhe só para você.

O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras.
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações.
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos.
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter.
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino.

Reflexão: A montanha da vida...

 


A montanha da vida

A vida de cada um de nós pode ser comparada à conquista de uma montanha. Assim como a vida, ela possui altos e baixos. Para ser conquistada, deve merecer detalhada observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com muito sucesso.

Todo alpinista sabe que deve ter equipamento apropriado. Quanto mais alta a montanha, maiores os cuidados e mais detalhados os preparativos.

No momento da escalada, o início parece ser fácil. Quanto mais subimos, mais árduo vai se tornando o caminho.

Chegando a uma primeira etapa, necessitamos de toda a força para prosseguir. O importante é perseguir o ideal: chegar ao topo.

À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso. As paisagens se desdobram à vista, mostrando-nos o verde intenso das árvores, as rochas pontiagudas desafiando o céu. Lá embaixo, as casas dos homens tão pequenas…

É dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram superados, são do tamanho daquelas casinhas.

Pode acontecer que um pequeno descuido nos faça perder o equilíbrio e rolamos montanha abaixo. Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos na frincha de uma pedra.

É aí que precisamos de um amigo para nos auxiliar. Podemos estar machucados, feridos ao ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem e nos curam os ferimentos.

Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada. Os pés e as mãos vão se firmando, a corda nos prende ao amigo que nos puxa para a subida.

Na longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia.

Por vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos dificuldade para respirar. O que nos salva é o equipamento certo para este momento.

Depois vêm as tempestades de neve, os ventos gélidos que são os problemas e as dificuldades que ainda não superamos.

Se escorregamos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades para parar e voltar de novo. Se cairmos num buraco de falsidade de alguém que estava coberto de neve, sabemos a técnica para nos levantar sem torcer o pé e sem machucar quem esteja por perto.

Para a escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.

Não desistir nunca de uma nova felicidade, uma nova caminhada, uma nova paisagem, até chegar ao topo da montanha.

Reflexão: O amanhã...

 


O amanhã

Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você…
Eu lhe daria um abraço mais forte.
Se eu soubesse que seria a última vez a ver você…
Eu lhe daria um beijo e o chamaria para dar mais um.
Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir sua voz…
Eu gravaria cada movimento e cada palavra, para revê-lo todos os dias.
Se eu soubesse que seria a última vez que eu poderia parar mais uns dois minutos para dizer-lhe: ?gosto de você?…
Eu diria, ao invés de deixar que presumisse.
Se eu soubesse que seria o último dia a compartilhar com você…
O aproveitaria muito mais intensamente em vez de deixá-lo simplesmente passar.
Sempre acreditamos que haverá amanhã para corrigir um descuido…
Para ter uma segunda chance de acertar.
Será que haverá uma chance para dizer: ?posso fazer alguma coisa por você??.
O amanhã não é garantido para ninguém. Seja para jovens ou mais velho, e hoje pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos.
Então se estamos esperando pelo amanhã, por que não agimos hoje?
Assim, se o amanhã nunca chegar não teremos arrependimentos de termos aproveitado um momento para um sorriso, para um abraço, para um beijo, uma gentileza, porque estávamos muito ocupados para dar a alguém o que poderia ser o último desejo.
Abracemos hoje aqueles que amamos, sussurremos em seus ouvidos, dizendo-lhes o quanto nos são caros e que sempre os amamos.
Encontremos tempo pra dizer: ?desculpe, obrigada, eu perdôo você?.
Sempre há tempo para amarmos.
E se não houver amanhã, também não haverá remorsos de hoje para carregarmos.
Pense nisso agora…

segunda-feira, 3 de abril de 2023

A Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora

 



Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora relembra as principais dores que a Virgem Maria sofreu em sua vida terrena, culminando com a paixão, morte e sepultamento de Seu Divino Filho. E é junto à Cruz que a Mãe de Jesus torna-se Mãe de todos os homens e do corpo Místico de Cristo: a Igreja Católica. Unir-se às dores de Maria é unir-se também às dores de Nosso Senhor Jesus Cristo. Onde está a mãe está também o Filho.

1ª. Dor - Apresentação de meu Filho no templo

Nesta primeira dor veremos como meu coração foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que meu Filho seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros. A virtude que aprendereis nesta dor é a da santa obediência.

Ao ouvir essa profecia Maria continuou firme na fé, confiando no Senhor: “Em vós confio”. Quem confia em Deus jamais será confundido. Nas vossas penas, nas vossas angústias, confiai em Deus e jamais vos arrependereis dessa confiança. Mesmo prevendo dores e sofrimentos em procurar fazer a vontade de Deus, continuemos firmes e confiantes no Senhor.

2ª. Dor - A fuga para o Egito

Após o nascimento de Jesus, o Rei Herodes quis matá-Lo e, por causa disso, um anjo do Senhor apareceu a São José e disse: "Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise". Obediente, "José levantou-se durante a noite, tomou o menino e sua mãe e partiu para o Egito." (Mt 2, 13-14).

Unidos à dor que Maria sentiu nessa ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados dos pecados. Estejamos unidos a tantos que sofrem perseguição e são obrigados a fugir de seus países.

3ª Dor - Perda do Menino Jesus

A dor de Maria pela perda de Jesus foi sem dúvida uma das mais acerbas; porque ela então sofria longe do Filho, e a humildade fazia-lhe crer que Ele se tinha apartado dela por causa de alguma negligência sua. Sirva-nos esta dor de conforto nas desolações espirituais, e ensine-nos o modo de buscarmos a Deus, se jamais para nossa desgraça viermos a perdê-Lo por nossa culpa.

Aqui nos unimos a tantas situações de famílias que “perdem” seus filhos em tantas dependências e situações. Somente no retorno ao Senhor representando pelo templo é que serão reencontrados.

4ª. Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário

Um dos momentos mais pungentes da Paixão é o encontro de Jesus com Sua Mãe no caminho do Calvário. Na ocasião, a troca de olhar com o Filho, a constatação das crueldades que Ele estava sofrendo, tudo causava imensa dor no Seu Coração de Mãe. Unidos à dor que Maria sentiu nesta ocasião, peçamos forças e graças para suportarmos com paciência todas as dores de nossas vidas, e para nos mantermos afastados do pecado.

Nós nos unimos à dor de tantas mães que trocam olhares com seus filhos que carregam tantas cruzes e tantas dores no mundo de hoje.  Aprendamos a sofrer em silêncio, como Maria e Jesus sofreram neste doloroso encontro no caminho do Calvário.

5ª. Dor - Aos pés da Cruz

Maria acompanhou de perto todo o sofrimento de Jesus na Cruz, e assistiu de pé à sua morte: "junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena" (Jo 19, 25). Depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus morre. Maria, sem duvidar um só instante, aceitou a vontade de Deus e, no seu doloroso silêncio, entregou ao Pai sua imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para os criminosos.

Quantas situações de cruzes e de morte em nossa sociedade! Inseguranças, injustiças, maldades, maledicências! Quantas dores nos fazem sofrer! Unidos a Maria, estejamos em pé diante da Cruz.

6ª. Dor - Uma lança atravessa o Coração de Jesus

Consideremos como, depois da morte do Senhor, dois de seus discípulos, José e Nicodemos, O descem da cruz e O depõem nos braços da aflita Mãe que, com ternura O recebe e O aperta contra o peito. O momento fotografado nas imagens de Nossa Senhora da Piedade, nos mostra o amor de mãe ao ver o filho sem vida nos braços.

É a unidade com tantas situações que a Igreja, como mãe que é, vê seus filhos sem vida nos seus braços, seja pelos pecados, seja pelas injustiças ou perseguições. Com a mesma coragem e fé de Maria vivamos esses momentos difíceis deste conturbado século.

7ª. Dor - Jesus é sepultado

Consideremos como a Mãe dolorosa quis acompanhar os discípulos que levaram Jesus morto à sepultura. Depois de tê-Lo acomodado com suas próprias mãos, diz um último adeus ao Filho e ao Seu sepulcro, e volta para casa com as perguntas que toda mãe faz, ao mesmo tempo em que mergulha no mistério de Deus. Nós também, à imitação de Maria, encerremos o nosso coração no santo Tabernáculo onde reside Jesus, já não morto, mas vivo e verdadeiramente como está no céu.

Mas procuremos também encontrá-Lo na pessoa dos irmãos, em especial dos mais pobres que nos fazem descobrir que Ele vive e está no meio de nós.

Quantas dores Maria passou e suportou, e sempre esteve ao lado do Filho. Maria é exemplo de fiel discípula e missionária. É aquela que vive a dor na esperança da Ressurreição.

 

Dom Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ