terça-feira, 27 de novembro de 2012

Nossa Senhora das Graças – O primeiro dizer sobre Maria


Nossa Senhora das Graças – O primeiro dizer sobre Maria

“Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (cf. Lc 1, 28).

Segundo a Sagrada Escritura, este foi o primeiro diálogo direto de Deus com Nossa Senhora, já a intitulando, plena, repleta das graças do Senhor.
Os anjos – mensageiros de Deus – são a manifestação da própria presença do Altíssimo, em várias outras passagens bíblicas, vemos que a figura Angélica é tratada como tal o é, outrora, como a presença do próprio Senhor Onipotente. “Os dois homens disseram a Ló: Vamos destruir este lugar” (cf. Gn 19, 12-13), mais a frente: “levantai-vos e saí deste lugar, porque o Senhor vai destruir a cidade” (cf. Gn 19, 14).

A visita do Anjo Gabriel foi à visita da própria Santíssima Trindade aquela que tinha sido eleita como Medianeira das Graças do Céu a humanidade.

Para entender o que é ser portadora das Graças de Deus é importante sabermos o significado desta palavra.

Numa sociedade que idolatra o consumo e o individualismo, fica até difícil de entendermos o conceito de Graça. De graça é gratuito, recebido sem o mérito. Até muitas vezes, ficamos desconfiados quando alguém nos diz: “É grátis!” Fica a impressão de que sairá mais caro do que o real valor.
Graça é concessão de bondade a alguém que não tinha direito. Também pode significar encanto, beleza. (cf. www.dicionarioinformal.com.br)
Na língua grega, Graça significa: Favor do Rei, ou Amor do Esposo ou ainda, Atribuição Divina.
Também, quando lhe perguntarem: “qual a sua graça?”, estará essa pessoa se referindo ao seu nome. É uma forma antiga de indagar a identidade do outro.

Em Maria todos esses sentidos e significados ainda são meras pequenezas, diante da grandiosidade do plano de salvação que perpassa por ela. Plano que se inicia antes da vinda do Salvador, com ela (Maria) contribuindo com seu sim, atravessa todo ministério de seu filho Jesus e a faz presente até no nascimento da Igreja do Cristo, Maria está lá, junto aos apóstolos no derramamento do Espírito Santo prometido. Como então, separar Maria do ministério do Cristo? “Ave, cheia de graça”. Nossa Senhora é repleta, é muito mais do que os homens podem comportar de benefícios. São as bênçãos infinitas de Deus que passam por ela.  
E Nossa Mãezinha entende de forma tão profunda o que é portar as Graças do Céu, que imediatamente, parte para casa de sua parenta Izabel, e ali distribui os favores de Deus.
Ela tem pressa em dispensar daquilo que ela está plena.

Qual a graça que você está precisando hoje? O que mais seu coração anseia? Ou o que você poderia entregar para Deus realizar um favor em ti ou na sua família?

Vou dividir este artigo em duas partes, amanhã escreverei sobre o Canto do Magnificat, também um sinal do derramamento das Graças de Deus para o mundo, através de Nossa Mãe.

Oração 
   
No céu e na terra, os corações a levam consigo;
saúdam-te as harpas e cítaras angélicas,
entoam cânticos de gratidão ao teu sim;

Toda a natureza, toda criatura, vem a tua presença,
venerando a beleza da mais formosa das rainhas;
o hálito da brisa que passa pelas flores do campo leva o perfume de tuas mãos;

Aquele que é o autor da vida,
motivo pelo qual tudo foi criado, todas as coisas foram feitas,
escolheu a ti, separou-a para Ele mesmo.

Será o céu azul, extensão do teu manto virginal?
As estrelas, diamantes ornando suas vestes puríssimas?
Teu coração irradia o fogo de amor daquele que é o Sol da minha alma.  

Assim como as abelhas produzem o melhor para sua Rainha,
permita-me ser gerado no teu Filho,
para te oferecer toda doçura que anseio lhe dar!

Mãe do Amor Eterno,
daí-me te amar, nesta vida, e juntamente com os anjos,
entrar no teu imaculado coração, por todos os séculos

Amém!





Santa Catarina Labouré

27 de Novembro


A- A+

Santa Catarina LabouréCelebramos neste dia o testemunho de vida cristã e mariana daquela que foi privilegiada com a aparição de Nossa Senhora, a qual deu origem ao título de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa.

Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.

Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade.

Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:

"A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem''.

Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: "Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações".

Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.

Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha "desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa".

Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.

Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.

Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.


Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.


Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.


Santa Catarina Labouré, rogai por nós!









sábado, 24 de novembro de 2012

Cerco de Jericó 2012


Liturgia diária Domingo, 25 de Novembro de 2012 Jesus Cristo, Rei do universo

Oração
Senhor Jesus, aceita-me como membro do Reino que vieste implantar na história humana, deixando que Deus seja o Senhor da minha vida.
Primeira leitura: Dn 7,13-14
Leitura da Profecia de Daniel - 13“Continuei insistindo na visão noturna, e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho de homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença.
14Foram-lhe dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam; seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá”. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 92
          — Deus é Rei e se vestiu de majestade,/ glória ao Senhor!
— Deus é Rei e se vestiu de majestade,/ glória ao Senhor!

— Deus é Rei e se vestiu de majestade,/ revestiu-se de poder e de esplendor!

— Vós firmastes o universo inabalável,/ vós firmastes vosso trono desde a origem,/ desde sempre, ó Senhor, vós existis!

— Verdadeiros são os vossos testemunhos,/ refulge a santidade em vossa casa,/ pelos séculos dos séculos, Senhor!
 
2° Leitura: Ap 1,5-8
Leitura do Livro do Apocalipse - 5Jesus Cristo é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra. A Jesus, que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados 6e que fez de nós um reino, sacerdotes para seu Deus e Pai, a ele a glória e o poder, em eternidade. Amém.
7Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão, também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito por causa dele. Sim. Amém!
8“Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso” - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Jo 18,33b-37
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São joão.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 33bPilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?”
34Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?”
35Pilatos falou: “Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
36Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
37Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?”
Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
O ano litúrgico, que se inicia com a festa do nascimento de Jesus, termina, nesta semana, com a celebração de Cristo Rei. Tal trajetória litúrgica corresponde à concepção de que, a partir de uma origem humilde, frágil, e simples, acontece uma transformação que leva a um fim glorioso, de poder e dominação. Tal concepção corresponde às expectativas messiânicas escatológicas do Primeiro Testamento, segundo o qual o povo eleito, após um período de "servo sofredor", alcançará a plena glória e poder, dominando os demais povos do mundo. Tal expectativa messiânica foi transferida para o Cristo celestial glorioso.
Nos evangelhos, os quais apresentam interpretações da história de Jesus, pode-se notar tensões e mesmo contradições entre a figura humana simples, frágil, amorosa, de Jesus e a figura gloriosa e poderosa, recompensadora e punitiva, do Cristo celestial.
O messianismo surge a partir do exílio da Babilônia, tendo como referência básica a figura de Davi, que a tradição de Israel apresenta como um rei glorioso que fundou um império dominando sobre povos vizinhos. Neste contexto foi criada uma teologia imperial davídica, fortalecida pela profecia da aliança de Deus com Davi. Com o exílio na Babilônia, tendo desaparecido a sucessão de reis da dinastia davídica, os judeus, israelitas remanescentes na Judeia, permaneceram sob o domínio de impérios sucessivos. Muitos passaram, então, a aspirar pelo aparecimento de um "ungido" (hebraico: mashîah; grego: christós), o messias ou cristo, que seria um rei que com poder e glória restauraria o esplendor que a tradição atribuía ao antigo reino de Judá. Os próprios discípulos de Jesus que vieram do judaísmo participavam desta expectativa, o que perdurou mesmo após a sua morte, assumindo a forma de messianismo celestial.
Jesus, com sua marcante liderança popular, foi confundido com o messias davídico (cf. primeira e segunda leituras). Daí se origina a imputação dos títulos de "cristo" e "rei" a ele, o que se evidencia, também, neste diálogo com Pilatos. A afirmação: "Meu reino não é deste mundo", isto é, desta ordem de coisas (kósmos), significa que ser rei dos judeus é próprio da ordem deste mundo. Jesus não pertence a esta ordem. Jesus fala no reino de Deus como o reino de "meu Pai". A nova comunidade é o reino de Deus, e o caráter deste reino é o amor que se concretiza no serviço, e não a coroa real, seja na terra, seja no céu.
Ao afirmar: "se meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus", Jesus coloca-se do lado dos gentios. "Tu dizes que eu sou rei", isto é, quem o diz é Pilatos. "Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade". E a verdade é a paternidade de Deus, e a fraternidade entre homens e mulheres em torno de Jesus, na comunhão de amor. A condição terrena de Jesus é a imagem de sua condição celestial. "Quem me vê, vê o Pai" (Jo 14,9). "Deus é amor e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele" (1Jo 4,16). Jesus é a expressão desse amor na simplicidade da condição humana, na fraternidade e no serviço, o que o desqualifica para ser rei tanto na terra como no céu.
A interpretação sacrifical da missão de Jesus, considerado "cristo" ou "messias", segundo a qual, entregando-se à morte na cruz, mereceu a ressurreição e a filiação divina, ofuscou a revelação do Deus de amor que, pela encarnação, no amor, na acolhida, na solidariedade, na verdade, na justiça e na libertação, testemunhadas por Jesus, a todos comunica a vida divina e eterna.
 
Leitura Orante
Leia
 
Fonte: 
Congregação do Santíssimo Redentor






Evangelho (João 18,33b-37)


Domingo, 25 de Novembro de 2012
Jesus Cristo, Rei do universo


A- A+


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 33bPilatos chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?”
34Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?”
35Pilatos falou: “Por acaso sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
36Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”.
37Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?”
Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.




- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Liturgia diária. Sto. André Dung-Lac e Comps 24 NOVEMBRO

Oração
Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna.
Primeira leitura: Ap 11,4-12
Leitura do Livro do Apocalipse de São João - Disseram a mim, João: 4Essas duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros, que estão diante do Senhor da terra. 5Se alguém quiser fazer-lhes mal, um fogo sairá da boca delas e devorará seus inimigos. Sim, se alguém quiser fazer-lhes mal, é assim que vai morrer. 6Elas têm o poder de fechar o céu, de modo que não caia chuva alguma enquanto durar a sua missão profética. Elas têm também o poder de transformar as águas em sangue. E quantas vezes elas quiserem, podem ferir a terra com todo o tipo de praga. 7Quando elas terminarem o seu testemunho, a besta que sobe do Abismo vai combater contra elas, vai vencê-las e matá-las. 8E os cadáveres das duas testemunhas vão ficar expostos na praça da grande cidade, que se chama, simbolicamente, Sodoma e Egito, e na qual foi crucificado também o Senhor delas. 9Gente de todos os povos, raças, línguas e nações, verão seus cadáveres durante três dias e meio, e não deixarão que os corpos sejam sepultados. 10Os habitantes da terra farão festa pela morte das testemunhas; felicitar-se-ão e trocarão presentes, pois estes dois profetas estavam incomodando os habitantes da terra. 11Depois dos três dias e meio, um sopro de vida veio de Deus, penetrou nos dois profetas e eles ficaram de pé. Todos aqueles que os contemplavam, ficaram com muito medo. 12Ouvi então uma voz forte vinda do céu e chamando os dois: “Subi para aqui!” Eles subiram ao céu, na nuvem, enquanto os inimigos ficaram olhando. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 143
          — Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!

— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; é meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.

— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.
 
Evangelho: Lc 20,27-40
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Lucas.
          - Glória a vós, Senhor.

         Naquele tempo, 27aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, 28e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão. 29Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos. 30Também o segundo 31e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher.33Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”.
34Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, 35mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; 36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram.
37Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. 39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito bem”. 40E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Os saduceus querem ridicularizar Jesus. Apresentam-lhe um caso anedótico, porém, que expressa uma possibilidade real. Havendo a ressurreição, teríamos um caso imoral de poliandria entre os ressuscitados, o que tornaria ridícula a ressurreição aos olhos do povo judeu. Jesus remove a dificuldade. Casamento e procriação são ocasiões de vivenciar o amor e o serviço à vida, que permanecem para sempre. As alegrias, a amizade e o amor, presentes, são eternos. Os condicionamentos éticos e morais válidos na perspectiva da geração temporal, quando finda esta, cedem lugar à plenitude da filiação divina, no amor e em comunhão eterna com Deus.
Cessam as provocações contra Jesus, mas os chefes religiosos continuam articulando sua morte.
 
Leitura Orante
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra.
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94:
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem)
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto na Biblia: Lc 20,27-40 e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Os saduceus foram a Jesus porque queriam entender a questão da ressurreição. Jesus inicia fazendo uma correção. A ressurreição verdadeira consiste em passar a uma nova categoria, a de filhos de Deus. O matrimônio, após a morte, não permite gerar filhos. Tampouco se casa após a morte. Após a morte, "os que vivem, vivem para o Senhor", como diz São Paulo aos Romanos (Rm 14,8).

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
Meu Deus é o Deus dos vivos como propõe Jesus? Ou, fico ainda com conceitos e idéias de um Deus dos mortos? Em Aparecida, disseram os bispos: "Jesus Cristo é a plenitude que eleva a condição humana à condição divina para sua glória: "Eu vim para dar vida aos homens e para que a tenham em abundância" (Jo 10,10). Sua amizade não nos exige que renunciemos a nossos desejos de plenitude vital, porque Ele ama nossa felicidade também nesta terra. Diz o Senhor que Ele criou tudo "para que o desfrutemos" (1 Tm 6,17)." (DAp 355).

3.Oração (Vida) 

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, renovando minha fé na ressurreição:
Creio

Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo,
Seu único Filho, Nosso Senhor,
Que foi concebido pelo Espírito Santo.
Nasceu da Virgem Maria,
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
Foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos,
Ressuscitou ao terceiro dia,
Subiu aos céus,
Onde está sentado à direita de Deus Pai
E donde há de vir julgar os vivos e os mortos,
Creio no Espírito Santo,
Na santa Igreja católica,
Na comunhão dos santos,
Na remissão dos pecados,
Na ressurreição da carne,
Na vida eterna. Amém.

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de renovada fé. Sinto que minha fé é pequena, por isso, passarei o dia repetindo a oração de uma pessoa do Evangelho:"Creio,Senhor, mas aumenta a minha fé!" (Mc 9,24).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
 
Santo do dia - Conheça a história da vida dos santos.
Fonte:
Congregação do Santíssimo Redentor
Canção Nova

domingo, 18 de novembro de 2012

Noite de louvor com Maria e os anjos apresenta....





Liturgia diária. 33º Domingo Tempo Comum 18 NOVEMBRO

Oração
Senhor Jesus, que eu me deixe guiar por tuas palavras, e me mantenha vigilante, na caridade, à tua espera.
Primeira leitura: Dn 12,1-3
Leitura da Profecia de Daniel - 1“Naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, defensor dos filhos de teu povo; e será um tempo de angústia, como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações. Mas, nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que se acharem inscritos no Livro.
2Muitos dos que dormem no pó da terra despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno.
3Mas os que tiverem sido sábios brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude brilharão como as estrelas, por toda a eternidade. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 15
          — Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

— Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,/ meu destino está seguro em vossas mãos!/ Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,/ pois se o tenho a meu lado não vacilo.

— Eis porque meu coração está em festa,/ minha alma rejubila de alegria,/ e até meu corpo no repouso está tranqüilo;/ pois não haveis de me deixar entregue à morte,/ nem vosso amigo conhecer a corrupção.

— Vós me ensinais vosso caminho para a vida;/ junto a vós, felicidade sem limites,/ delícia eterna e alegria ao vosso lado! 
 
2° Leitura: Hb 10,11-14.18
Leitura da Carta aos Hebreus - 11Todo sacerdote se apresenta diariamente para celebrar o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, incapazes de apagar os pecados.
12Cristo, ao contrário, depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. 13Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés.
14De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição definitiva os que ele santifica.
18Ora, onde existe o perdão, já não se faz oferenda pelo pecado. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Mc 13,24-32
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Marcos.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos:
24“Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, 25as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas.
26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. 27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra.
28Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. 29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas.
30Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isto aconteça. 31O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. 32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Este texto, que faz parte do discurso escatológico atribuído a Jesus, tem sua origem na tradição apocalíptica do Primeiro Testamento, tendo surgido dentro das comunidades cristãs primitivas formadas por convertidos do judaísmo, os quais, até os primeiros anos da década de 80, eram frequentadores das sinagogas.
Na primeira leitura de hoje, do Livro de Daniel, temos um texto de caráter apocalíptico, caracterizado por sinais de destruição violenta e angústia, que precedem um juízo final discriminatório e excludente, característico de autores que se consideram justos e santos, privilegiados pela "eleição divina".
A expressão "filho do homem" (no grego: hyos anthrôpou; no hebraico: ben-'adam) aparece muitas vezes no Antigo Testamento, indicando a condição humana de maneira genérica. No profeta Ezequiel a expressão é aplicada de modo personalizado (93 vezes) ao próprio profeta na sua fragilidade, comum dos mortais. Uma única vez a expressão aparece no livro de Daniel, vindo nas nuvens com poder e glória (Dn 7,13). Jesus, inúmera vezes, aplica a si mesmo este título de "filho do homem" para indicar sua simples condição humana, contrapondo-se à figura messiânica davídica gloriosa esperada pelo povo judeu. Na referência ao filho do homem vindo sobre as nuvens, pode-se ver a alusão à dignificação do humano, assumido na condição divina e na vida eterna pela encarnação de Jesus.
Depois da descrição dos abalos cósmicos, que simbolizam a violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada com a chegada do Filho do Homem, Jesus.
Em conclusão ao discurso escatológico, temos a parábola da figueira, que é apresentada nos três evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. A parábola é articulada a partir de sinais da natureza, nas árvores que começam a brotar, depois de secas no inverno, indicando a proximidade do verão. Assim como pela natureza pode-se perceber as mudanças de estações do tempo, pela observação dos fatos da vida e da história, pode-se perceber também que o dia e a hora da revelação do Filho do Homem, que é a chegada do Reino de Deus, estão próximos.
O Reino está perto assim como o meu próximo está perto de mim. A comunhão e a solidariedade com meu próximo são a entrada no Reino. Tudo acontece a partir do ouvir e praticar as palavras de Jesus que nos revelam a vontade do Pai. O Reino de Deus já está entre nós nos movimentos de solidariedade entre as comunidades e os povos, particularmente com os mais empobrecidos, e é expresso no clamor mundial contra as guerras e pela paz. É o processo histórico da crescente conscientização e a valorização da dignidade humana, em um nível global, com o empenho na defesa da vida e da natureza. Assim são rejeitados e repudiados os poderes deste mundo que, seduzidos pela ambição das riquezas, promovem a morte.
Na segunda leitura, extraída da Carta aos Hebreus, é atribuído a Jesus, com o título de "cristo", o caráter sacerdotal, caracterizado pela oferta de sacrifícios sangrentos para a reconciliação com Deus. Contudo, em Jesus a reconciliação é fruto do amor que remove toda condenação e exclusão, e a todos une na fraternidade, na justiça, e na paz, em comunhão como o Pai
 
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho,Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade) 

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 13,24-32.
A parábola da figueira que também fala de expectativa e esperança, sugere que a história está em processo permanente até a revelação do Filho de Deus. Como diz São Paulo, " a criação toda geme e sofre dores de parto esperando a revelação dos filhos de Deus' (Rm 8,22).
E Jesus garante: "O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras ficarão para sempre".

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
Os bispos na Conferência de Aparecida lembraram: "É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda nossa vida na rocha da Palavra de Deus". (DAp, 247).
E eu me interrogo: Como me alimento da Palavra? Faço a Leitura Orante e assumo compromissos concretos a partir dela? Ouço com atenção a Palavra proclamada na comunidade? Comunico a Palavra aos demais?

3.Oração (Vida) 
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, ou canto com o Padre Zezinho, scj, a canção
"Palavras que não passam":
Foi teu coração que me ensinou Palavras que não passam
No teu coração coloquei o meu, minha religião vem de ouvir teu coração

Foi teu coração que me ensinou a fazer da vida a uma esperança só
Sei que aprenderei se te ouvir falar. Não me perderei se te ouvir com atenção

Palavras que não passam, Palavras que libertam, Palavra poderosa tem teu coração
Palavra por palavra revelas o infinito, como é bonito ouvir teu coração

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Sinto-me discípulo/a de Jesus.
Meu olhar deste dia será iluminado pela Palavra.

Bênção
Jesus Divino Mestre seja para ti
a verdade que ilumina,
o caminho da santidade,
a vida plena e eterna.
Que ele te guarde e defenda.
Plenifique de todos os bens
a ti e a todos que amas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
 
Fonte: 
Congregação do Santíssimo Redentor

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Vós sois templo do Espirito Santo.


“Vós sois templo do Espírito Santo” 
Ironi Spuldaro
Foto: Wesley Almeida/Cancaonova.com
Hoje, o convite que o Senhor lhe faz é para que entregue toda a sua vida, todas as suas preocupações a Ele, ao Espírito Santo, pois o desejo d'Ele é que Lhe confiemos tudo, assim como Davi confiou e, por isso, o gigante Golias foi derrotado. Da mesma forma, os gigantes cairão caso confiemos no Senhor.

Convido você a tomar comigo a Palavra de Deus na Carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 3,16-17):

“Acaso não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito d'Ele habita em vós? Se alguém destruir o templo do Senhor, Ele o destruirá, pois Seu templo é santo, e esse templo é você.”

Somos templos, morada de Deus, tudo por obra da misericórdia do Senhor. Meus irmãos, se o Espírito Santo habita em nós, devemos tomar posse desta certeza, quanto mais neste ano,  quando vivemos, por convocação do Santo Padre, o Ano da Fé. É o momento, mais do que nunca, oportuno de invocarmos o Espírito Santo em todo o momento em nossa vida e, da mesma forma, suplicá-lo a toda a humanidade para que ela viva um novo avivamento.

Se nos consagramos totalmente ao Espírito Santo, transformamo-nos em canais de avivamento para todo o mundo. Uma mulher que entendeu isso foi a beata Elena Guerra, a qual ficou conhecida como apóstola da efusão do Espírito de Deus. Em seus escritos, ela sempre afirmava que sem o Paráclito não podemos fazer nada de bom.

Meus irmãos, devemos rogar sempre ao Espírito, consagrarmo-nos a Ele para fazermos o bem; assim, viveremos conforme a vontade do Senhor. Esta beata nos ensinou isso, por isso não podemos ficar para trás, pois somos chamados a fazer o mesmo, ou seja, consagrarmo-nos inteiramente ao Espírito de Deus.
"Peça sempre o Espírito Santo sobre sua vida", ensina Ironi Spuldaro.
Foto: Wesley Almeida/Cancaonova.com

 A adesão às coisas do alto nos afasta das coisas do mundo. Este é um santo caminho para nós, para nos afastarmos de todo o secularismo, do mal e de tudo o que insiste em nos manter longe de Deus. Temos visto por ai muitos pais levando coisas ruins para suas famílias, para seus filhos. Mas se estes homens e mulheres estivessem cheios do Espírito Santo, certamente sua casa seria renovada.

A todo momento, precisamos dizer: “Pai Santo, em nome de Jesus, manda Seu Espírito para renovar o mundo!”, como nos ensinou a beata Elena Guerra, no rosário do Espírito Santo, pois muito mais do que sinais, precisamos ter a adesão ao Espírito.

Irmãos, que este seja o tempo do Espírito Santo em nossa vida. Desta forma, possamos reavivar toda a face da terra.

Deus nos abençoe!

Transcrição e adaptação: Ricardo Gaiotti 

domingo, 11 de novembro de 2012

Liturgia diária. 32º Domingo Tempo Comum 11 NOVEMBRO

Oração
Pai, instrui-me com tua sabedoria, para que eu saiba avaliar os gestos humanos com parâmetros divinos, e assim ser capaz de perceber o que é invisível aos nossos olhos.
Primeira leitura: 1Rs 17,10-16
Leitura do Primeiro Livro dos Reis - Naqueles dias, 10Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: “Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber”.
11Quando ela ia buscar água, Elias gritou-lhe: “Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão”.
12Ela respondeu: “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para comermos e depois esperar a morte”.
13Elias replicou-lhe: “Não te preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um pãozinho e traze-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra’”.
15A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 145
          — Bendize, minh’alma, bendize ao Senhor!
— Bendize, minh’alma, bendize ao Senhor!

— O Senhor é fiel para sempre,/ faz justiça aos que são oprimidos;/ ele dá alimento aos famintos,/ é o Senhor quem liberta os cativos.

— O Senhor abre os olhos aos cegos,/ o Senhor faz erguer-se o caído;/ o Senhor ama aquele que é justo./ É o Senhor quem protege o estrangeiro.

— Quem ampara a viúva e o órfão,/ mas confunde os caminhos dos maus. / O Senhor reinará para sempre!/ Ó Sião, o teu Deus reinará/ para sempre e por todos os séculos! 
 
2° Leitura: Hb 9,24-28
Leitura da Carta aos Hebreus - 24Cristo não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor.
25E não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo sacerdote que, cada ano, entra no Santuário com sangue alheio. 26Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
27O destino de todo homem é morrer uma só vez e, depois, vem o julgamento. 28Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas, para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Mc 12,38-44
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Marcos.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 38Jesus dizia, no seu ensinamento a uma grande multidão: “Tomai cuidado com os doutores da Lei! Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser cumprimentados nas praças públicas;39gostam das primeiras cadeiras nas sinagogas e dos melhores lugares nos banquetes. 40Eles devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Por isso eles receberão a pior condenação”.
41Jesus estava sentado no Templo, diante do cofre das esmolas, e observava como a multidão depositava suas moedas no cofre. Muitos ricos depositavam grandes quantias.
42Então chegou uma pobre viúva que deu duas pequenas moedas, que não valiam quase nada.
43Jesus chamou os discípulos e disse: “Em verdade vos digo, esta pobre viúva deu mais do que todos os outros que ofereceram esmolas. 44Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Nos evangelhos a crítica à classe dirigente das sinagogas, do Templo e da Judeia, os escribas, os fariseus, os sacerdotes e os latifundiários, é muito contundente. Essa crítica atinge tanto a sua doutrina como a sua prática. A sua doutrina tem um sólido caráter ideológico em vista de consolidar seu prestígio e poder, religioso e político. A sua prática prioriza a acumulação de riqueza. Lucas caracteriza os fariseus como amigos do dinheiro (Lc 16,14).
Nesta narrativa de Marcos, estando em Jerusalém e tendo expulsado os comerciantes do Templo, Jesus, ao ensinar aí, faz uma contundente advertência contra a prática dos escribas e o sistema deste Templo. Os evangelhos de Mateus (cap. 23) e Lucas (11,37-12,1) apresentam, cada um, um bloco com várias destas agressivas advertências, com vários "ais". Marcos restringe-se apenas a esta.
Os escribas, enquanto, de maneira hipócrita, fazem questão de ostentar piedade e prestígio, devoram as casas das viúvas. Em continuidade a esta denúncia, segue a narrativa da oferta da pobre viúva. O Templo de Jerusalém, como os templos dos impérios do Oriente, tinha um anexo, o Tesouro ou Gazofilácio (do grego gazophilakion), onde eram guardadas as riquezas acumuladas, que cresciam com os depósitos das ofertas feitos através de algumas pequenas aberturas externas, os "cofres".
Jesus, ostensivamente, senta-se diante do Tesouro e se põe a observar. A pobre viúva, como as multidões de empobrecidos que faziam sua peregrinação religiosa a Jerusalém e depositavam suas ofertas, sacrificava-se dando do necessário para viver, sendo assim explorada por aqueles que usufruíam das riquezas acumuladas no Tesouro do Templo. Esta multidão de excluídos (ochlós) lançava pequenas moedas, que somadas davam grande valor. Alguns ricos depositavam muito, o que não lhes pesava, pois eles próprios se beneficiavam do sistema do Templo.
Jesus chama a atenção sobre a viúva pobre que deu duas moedinhas, que era tudo o que tinha para viver. Com isso Jesus denuncia o próprio sistema do Templo. Com as exigências das estritas observâncias de suas leis, de seus dízimos e ofertas, os chefes do Templo exploram os pobres.
Na segunda leitura, a exaltação da autoimolação de Cristo, como sacerdote e vítima, é característica da controversa epístola aos Hebreus. Este enfoque, típico da doutrina sacrifical do Antigo Testamento, inspirou a espiritualidade do autossacrifício como agradável a Deus. De certo modo ela está presente no episódio da viúva de Sarepta (primeira leitura), que se sacrifica para alimentar o profeta, sendo recompensada por Deus. Tal espiritualidade, que favorece a opressão sobre o povo explorado e sofrido, não corresponde ao Deus de Jesus, Deus do amor e da libertação, que, de maneira paterna e materna, com carinho quer a vida plena de seus filhos.
 
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura rezando,
com todas as pessoas que navegam na internet:
Jesus Mestre, vós dissestes que a vida eterna consiste em conhecer a vós e ao Pai.
Derramai sobre nós os dons do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine,

Que nos fortaleça no vosso seguimento,
porque sois o único caminho para o Pai.
Fazei-nos crescer no vosso amor,

para que sejamos, como São Paulo,
testemunhas vivas do vosso Evangelho.
Com Maria,mãe, mestra e rainha dos apóstolos,
guardaremos a vossa Palavra, meditado-a em nosso coração. Amém.

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto do dia: Mc 12,38-44, e observo pessoas, palavras, atitudes.

Os ricos exibiam seu status com grandes ofertas, para serem vistos e reconhecidos pelo povo. Davam não só o que lhes sobrava, mas ainda, o fruto de sua exploração dos mais pobres. A oferta da viúva era modestíssima e não era o supérfluo. Ela "deu tudo o que tinha para viver". Por isso, sua oferta não passou despercebida a Jesus.

Jesus exalta a generosidade da mulher viúva e sua confiança em Deus. Deus é tudo para ela. Nesta certeza, ela sabe que nada lhe faltará.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
Posso me questionar se as boas obras que faço têm o objetivo de buscar reconhecimento, vaidade... ou vêm de um desejo sincero do coração, desejo de justiça, porque diante de Deus somos iguais em direitos? Tudo nos vem de Deus.
Os bispos, em Aparecida afirmaram:
"Também o encontramos (Jesus) de um modo especial nos pobres, aflitos e enfermos (cf. Mt 25,37-40), que exigem nosso compromisso e nos dão testemunho de fé, paciência no sofrimento e constante luta para continuar vivendo. Quantas vezes os pobres e os que sofrem realmente nos evangelizam! No reconhecimento desta presença e proximidade e na defesa dos direitos dos excluídos encontra-se a fidelidade da Igreja a Jesus Cristo" (DAp 257).

3.Oração (Vida) 
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a oração do Pai Nosso e o Creio.

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Como vou vivê-lo na missão?
Meu novo olhar me leva a encontrar a presença de Jesus Cristo nos mais pobres e sofredores.
"O encontro com Jesus Cristo através dos pobres é uma dimensão constitutiva de nossa fé em Jesus Cristo. Da contemplação do rosto sofredor de Cristo neles e do encontro com Ele nos aflitos e marginalizados, cuja imensa dignidade Ele mesmo nos revela, surge nossa opção por eles. A mesma união a Jesus Cristo é a que nos faz amigos dos pobres e solidários com seu destino." (DAp 257).

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
 
Fonte: 
Congregação do Santíssimo Redentor

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Noite de Louvor com Maria e os anjos " AMIZADE É TUDO "


Finados


Finados
Neste dia ressoa em toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs: "Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança" ( 1 Tes 4, 13).

Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam com nossas orações.

O convite à oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da "comunhão dos santos", onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrificios e Missas pelas almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial para orações pelos defuntos, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.

A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois "santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado" (2 Mc 12, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que "a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados" (Catecismo da Igreja Católica).

Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, "o Céu não tem portas" (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial 'ante-sala'.

"Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!"

Liturgia diária. Solenidade de todos os santos 04 NOVEMBRO

Oração
Pai, move-me pelo Espírito a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.
Primeira leitura: Ap 7,2-4.9-14
Livro do Apocalipse de São João - Eu, João, 2vi um outro anjo, que subia do lado onde nasce o sol. Ele trazia a marca do Deus vivo e gritava, em alta voz, aos quatro anjos que tinham recebido o poder de danificar a terra e o mar, dizendo-lhes: 3“Não façais mal à terra, nem ao mar, nem às árvores, até que tenhamos marcado na fronte os servos do nosso Deus”.
4Ouvi então o número dos que tinham sido marcados: eram cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel.
9Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 10Todos proclamavam com voz forte: “A salvação pertence ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”.
11Todos os anjos estavam de pé, em volta do trono e dos Anciãos, e dos quatro Seres vivos, e prostravam-se, com o rosto por terra, diante do trono. E adoravam a Deus, dizendo: 12“Amém. O louvor, a glória e a sabedoria, a ação de graças, a honra, o poder e a força pertencem ao nosso Deus para sempre. Amém”.13E um dos Anciãos falou comigo e perguntou: “Quem são esses vestidos com roupas brancas? De onde vieram?”
14Eu respondi: “Tu é que sabes, meu senhor”.
E então ele me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 23
          — É assim a geração dos que procuram o Senhor!
— É assim a geração dos que procuram o Senhor!

— Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra,/ o mundo inteiro com os seres que o povoam;/ porque ele a tornou firme sobre os mares,/ e sobre as águas a mantém inabalável.

— “Quem subirá até o monte do Senhor,/ quem ficará em sua santa habitação?”/ “Quem tem mãos puras e inocente coração,/ quem não dirige sua mente para o crime.

— Sobre este desce a bênção do Senhor/ e a recompensa de seu Deus e Salvador”./ “É assim a geração dos que o procuram,/ e do Deus de Israel buscam a face”
 
2° Leitura: 1Jo 3,1-3
Primeira Carta de São João - Caríssimos: 1Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai.
2Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. 3Todo o que espera nele purifica-se a si mesmo, como também ele é puro. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Mt 5,1-12a
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los:
3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.
5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!
11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Mateus, no seu evangelho, apresenta, didaticamente, cinco coletâneas de textos extraídos das tradições das primitivas comunidades cristãs, formando cinco discursos de Jesus. O "Sermão da Montanha" é o primeiro destes discursos, em vista do anúncio do Reino dos Céus. Este Sermão inicia-se com as nove bem-aventuranças.
A subida à montanha é uma alusão ao lugar do encontro com Deus e a Moisés que recebeu os mandamentos da Lei na montanha (Sinai). Moisés, agora, cede lugar a Jesus, que apresenta as bem-aventuranças do Reino dos Céus. Os mandamentos da Lei eram expressos em forma categórico-imperativa. Contudo, as bem-aventuranças proclamadas por Jesus são uma oferta amorosa de felicidade a ser encontrada na união de vontade com Deus, através de práticas acessíveis a todos.
As bem-aventuranças não indicam um estado de felicidade de alguém que se aplica em crescer nas virtudes pessoais, mas sim a felicidade da comunhão com os irmãos, particularmente os mais excluídos, em um processo de libertação e integração social, e, nesta comunhão com os irmãos, a felicidade da própria comunhão com Deus.
A primeira bem-aventurança apresenta a pobreza, na forma de desapego concreto dos bens terrenos, como a característica genérica do Reino. As duas bem-aventuranças seguintes apontam para as vítimas da sociedade injusta: os que choram e os submissos ("mansos") aos quais o amor de Deus traz a libertação. Seguem-se quatro bem-aventuranças ativas, em vista da transformação da sociedade: a fome e sede da justiça que é a vontade de Deus, a misericórdia que impulsiona à ação solidária, a pureza do coração que supera a pureza ritual e acolhe a todos, e os promotores da paz em vista da construção de um mundo sem a ambição e a violência daqueles que tiram o alimento dos pobres para transformá-lo em armas de destruição maciça. As duas últimas bem-aventuranças retomam o tema da justiça, advertindo sobre a repressão a que estarão sujeitos os que a buscam e exaltando sua grandeza.
Pela prática das bem-aventuranças, na plenitude do amor, somos, de fato, filhos de Deus (segunda-leitura). Nelas encontramos valores universais, que podem ser entendidos e acolhidos entre todos os povos, chamados a formar "uma multidão imensa, que ninguém podia contar, gente de todas as nações, tribos e línguas" (primeira leitura). As bem-aventuranças são o caminho concreto para a transformação deste mundo em um mundo de fraternidade, justiça e paz
 
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra
com todas as pessoas
que se encontram neste ambiente
virtual, lembrano-nos do que disse São Jerônimo:

Sede praticantes da Palavra, e não, meros ouvintes. O sol, quando desponta de manhã, te encontre com a Bíblia aberta sobre os joelhos. E quando se puser, a tua face cansada repouse sobre uma página santa da Escritura" .
Graça e Paz a todos os que se reúnem aqui, na web, em torno da Palavra.
Juntos, rezamos ou cantamos o Salmo 94:
(Se, em grupo, pode ser rezado em dois coros ou um solista e os demais repetem)
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis)
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis)
- Sua fidelidade dura eternamente (bis)
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis)
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis)
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis)
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis)
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis)
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 5,1-12a, e observo o estilo de Jesus Mestre.

O "Sermão da Montanha" é como a Constituição do povo de Deus, o manifesto do Mestre Jesus Cristo.
Jesus viu as multidões e sentado - atitude de que ensina - falou a elas. Este discurso é exigente, um convite a uma constante superação de si mesmo, uma denúncia às mesquinhezas e infidelidades e, ainda, oferece a misericórdia de Deus. Através daquela comunidade, Jesus Mestre se dirige a todas as comunidades de todos os tempos. Viver as bem-aventuranças é ser fermento de uma nova sociedade.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
Releio o texto. Reflito e me examino para ver se me enquadro entre estes felizes de que fala Jesus. Posso me questionar: sou espiritualmente pobre? Humilde? Procuro fazer a vontade de Deus? Tenho o coração puro? Trabalho pela paz? Os bispos, em Aparecida, nos ajudaram a refletir sobre isto: "No seguimento de Jesus Cristo, aprendemos e praticamos as bem-aventuranças do Reino, o estilo de vida do próprio Jesus: seu amor e obediência filial ao Pai, sua compaixão entranhável frente à dor humana, sua proximidade aos pobres e aos pequenos, sua fidelidade à missão encomendada, seu amor serviçal até a doação de sua vida. Hoje, contemplamos a Jesus Cristo tal como os Evangelhos nos transmitiram para conhecer o que Ele fez e para discernir o que nós devemos fazer nas atuais circunstâncias." (DAp 139).

3.Oração (Vida) 
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a Oração do Amor:
Senhor,fazei-me instrumento da vossa paz.
Onde há ódio que eu leve o amor.
Onde há ofensa que eu leve o perdão.
Onde há discórdia que eu leve a união.
Onde há erro que eu leve a verdade.
Onde há dúvida que eu leve a fé.
Onde há desespero que eu leve a esperança.
Onde há trevas que eu leve a luz.
Onde há tristeza que eu leve a alegria.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado, pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo buscando a felicidade. Vou cultivar no meu modo de pensar e agir só o que vem de Deus, e é conforme o Projeto de Jesus Mestre e a sua Constituição, as bem-aventuranças.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém

Fonte: 
Congregação do Santíssimo Redentor