sábado, 30 de março de 2024

Ressuscitou Aleluia... Feliz Pascoa...

 







Páscoa:

É ser capaz de mudar.
É partilhar a vida na esperança.
É lutar para vencer todo sofrimento.
É ajudar mais gente a ser gente.
É viver em constante libertação.
É crer na vida que vence a morte.
É dizer sim ao amor e à vida.
É investir na fraternidade.
É lutar por um mundo melhor.
É vivenciar a solidariedade.
É renascimento, é recomeço.
É uma nova chance para melhorarmos as coisas que não gostamos em nós. Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho.
É vermos que hoje… Somos melhores que ontem.

Paixão de Cristo... Morte de Jesus...




Tempos atrás, li um artigo científico sobre a morte de Jesus, publicado em 1986 em uma das revistas científicas mais prestigiadas do mundo - o JAMA, The Journal of the American Medical Association.

O artigo é intitulado "On the Physical Death of Jesus Christ" (Sobre a morte física de Jesus Cristo).

Nele os autores demonstram como processo de açoitamento romano era terrivelmente cruel. São descritos detalhes técnicos, que juntamente com a narrativa bíblica, fornecem um panorama completo de todo esse processo, desde o julgamento até a morte na cruz.
Antes do julgamento, é narrado em Lucas 22 que Jesus estava em profunda angústia e suava sangue. Embora seja um fenômeno raro, médicos reconhecem essa característica como hematidrose, que pode ocorrer devido a altos níveis de stress.

Após ser julgado, Jesus foi açoitado violentamente com um chicote de couro, com pequenas bolas de ferro nas pontas e ossos pontiagudos. As bolas de ferro causavam ferimentos internos e os ossos dilaceravam a carne, expondo a musculatura esquelética e causando grande perda de sangue, o que provavelmente o deixou em um estado de pré-choque.
Após severa flagelação, Jesus foi zombado, cuspido e obrigado a carregar a própria cruz até o Gólgota.

Durante a crucificação, o acusado era jogado sobre a cruz no chão, e pregado com pregos de até 18 cm de comprimento nos pulsos e nos pés.
A crucificação era um processo que produzia intensa dor e causava uma morte lenta e sufocante.

Respirar era algo extremamente doloroso. A cada respiração, Jesus tinha que elevar as costas em carne-viva, arrastando-a na madeira e apoiando todo o peso nos pés, que estavam pregados. Fato que aumentava a perda de sangue e causava dores terríveis.

As causas da morte por crucificação poderiam ser várias, mas as duas mais comuns eram choque hipovolêmico e asfixia por exaustão.
Quando o evangelho de João narra que após a morte de Jesus um soldado o transpassou com a lança e saiu "sangue e água", a explicação dos cientistas é de que a água provavelmente representava fluido pleural e pericárdio seroso e teria precedido o fluxo de sangue e teria menor volume do que o sangue...

Talvez no cenário de hipovolemia e da insuficiência cardíaca aguda, os derrames pleurais e pericárdico podem ter se desenvolvido e teriam sido adicionados ao volume de água aparente.
Analisando somente o sofrimento físico de Jesus, percebemos o quão terrível deve ter sido suportar tudo isso.
Stress intenso, noite sem dormir,
um julgamento injusto, açoitamento desumano, zombaria e ainda ter que carregar seu próprio instrumento de morte. Mas isso não foi NADA!
O que "pesou" sobre seus ombros foram os nossos pecados. Isaias há muito tempo profetizara: "Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Isaías 53:5 Ele era o sacrifício. O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Somente o Deus que se fez homem poderia reconciliar os homens com Deus. Por isso dizemos que o sacrifício foi por amor, pois Ele não tinha pecado, nós sim. Se o pecado gera a morte, quem deveria morrer seríamos nós, e não Ele. Então toda a sua podridão, todos os seus maus pensamentos, toda sua revolta contra Deus...tudo isso estava sobre os
ombros Cristo.
E ele venceu não somente o pecado, mas também a morte! Quando achar que sua vida está difícil demais, que nada da certo, não se vitimize. Olhe essa foto e lembre-se de tudo que Jesus passou por amor a você. "o castigo que nos traz a paz estava sobre ele".

Texto Ramon Serrano

quinta-feira, 28 de março de 2024

O carrinho de rolimã... 5º feira Santa... Lava Pés... Instituição da Eucaristia...

 



O carrinho de rolimã

Quando pequeno, papai lutava com alguma dificuldade para manter a família, pois éramos oito filhos, 6 meninos 2 meninas e  todos pequenos.

Como estávamos sempre a desejar um carrinho de rolimã, como os filhos dos vizinhos tinham, ele, economizando um pouco, fez-nos um esclarecendo que pertenceria a todos.

Ficamos muito contentes mas, em breve, estávamos brigando, cada qual julgando ter primazia para usar o brinquedo.

Não podendo fazer um carrinho de rolimã para cada filho, certo dia, depois de uma das nossas muitas discussões, ele chamou-nos para conversar.
– Vocês estão se desentendendo por causa do carrinho de rolimã e isso não é bom. Mas há um meio de resolver o problema. Durante uma semana o carrinho de rolimã vai pertencer apenas a um de vocês. Os demais se ocuparão dos trabalhos da casa, auxiliando sua mãe. Aquele que estiver com o carrinho de rolimã poderá empregar o tempo do modo que quiser…

O plano não nos pareceu mau e, quando fizemos o sorteio para saber quem ficaria com o brinquedo em primeiro lugar, fui o contemplado. Fiquei muito satisfeito, mas nos dias que se seguiram percebi que brincar sem os companheiros era terrivelmente monótono. Trabalhando juntos, os meus irmãos pareciam mais contentes e felizes do que eu.

Confessei-lhes o que estava sentindo e decidimos conversar outra vez com papai.
– E vocês, sentem-se satisfeitos trabalhando sem o Juca?

Meus irmãos responderam que não. Além do trabalho ter-se tornado mais árduo, eles sentiam falta da minha companhia.

– Então, disse meu pai depois de pensar um pouco, por que vocês não resolvem o caso da seguinte maneira: antes vocês realizam, juntos, as tarefas da casa. Com o tempo que restar, pois o trabalho ficará reduzido, poderão brincar à vontade com o carrinho de rolimã. Que tal a ideia?

Achamos que a solução era ótima. Começamos a trabalhar juntos, auxiliando-nos uns aos outros e, depois de tudo terminado, corríamos para o carrinho de rolimã, usando-o para brincadeiras em grupo. Acabaram-se as brigas e até hoje eu e meus irmãos mantemos vivo esse espírito de cooperação e camaradagem.

quarta-feira, 27 de março de 2024

Quanto vale seu amor?... 4º feira da Semana Maior da Igreja... Procissão do Encontro...

 


Quanto vale seu amor?

No dia que nasceu nossa filha, meu marido, não sentiu grande alegria. Por que a decepção que sentia parecia, ser maior do que o grande conhecimento de ter uma filha. Ah! Eu queria um filho homem! Lamentava meu marido.

Sua carinha, seu sorriso não se apartavam mais dele. Ele fazia planos sobre planos, tudo seria para nossa Catarina. Numa tarde estávamos reunidos em família, quando Catarina perguntou a seu papai: Papi,… Quando eu completar quinze anos, qual será meu presente?

Ele lhe respondeu: Meu amor, você tem apenas sete aninhos, não lhe parece que falta muito tempo para essa data? Respondeu Catarina: Bem papi,… Tu sempre diz que o tempo passa voando, ainda que eu nunca haja visto por aqui.

Catarina já tinha quatorze anos e ocupava toda a alegria da casa, especialmente o coração de seu pai. Num Domingo fomos a igreja, Catarina tropeçou, seu pai de imediato agarrou-a para que não caísse…Já sentados nos bancos da igreja, vimos como Catarina foi caindo lentamente e quase perdeu a consciência.

Seu pai agarrou-a e levou imediatamente para o hospital. Ali permaneceu por dez dias e foi então quando lhe informaram que Catarina padecia uma grave enfermidade que afetava seriamente seu coração.

Os dias foram passando, seu pai renunciou a seu trabalho para dedicar-se a Catarina. Todavia, eu sua mãe, decidi trabalhar, pois não suportava ver Catarina sofrendo tanto. Numa manhã, ainda na cama, Catarina perguntou a seu pai: Pai? Os médicos te disseram que eu vou morrer?

Respondeu seu pai. Não meu amor… Não vais morrer, Deus que é tão grande, não permitiria que eu perca o que mais tenho amado neste mundo.

Perguntou Catarina:
Quando agente morre vai para algum lugar? Podem ver lá de cima sua família? Sabes se um dia podem voltar?

Bem filha,… Na verdade ninguém regressou de lá e contou algo sobre isso, porém se eu morrer, não te deixarei só, onde eu estiver buscarei uma maneira de me comunicar contigo, e em última instância utilizaria o vento para te ver.

O vento? E como você faria?

Não tenho a menor ideia filhinha, só sei que se algum dia eu morrer, sentirás que estou contigo, quando um suave vento roçar teu rosto e uma brisa fresca beijar tua face.

Nesse mesmo dia à tarde, fomos informado pelos médicos que nossa Catarina, necessitava de um transplante de coração, pois do contrário ela só teria mais vinte dias de vida. UM CORAÇÃO! ONDE CONSEGUIR UM CORAÇÃO? UM CORAÇÃO! ONDE, DEUS MEU?

Nesse mesmo mês, Catarina completaria seus quinze anos. E foi numa sexta-feira a tarde quando conseguiram um doador. Foi operada e tudo saiu bem.

Catarina permaneceu no hospital por quinze dias e em nenhuma só vez seu pai foi visitá-la. Todavia, os médicos lhe deram alta e ela foi para sua casa.

Ao chegar em casa Catarina com ansiedade gritou: Papi! Papi!… Onde tu estás?

Eu sai do quarto com os olhos molhados de lágrimas e disse-lhe:
-Aqui está uma carta que seu pai deixou para você.

‘Catarina, filhinha do meu coração: No momento em que ler minha carta, já deve ter quinze anos e um coração forte batendo em teu peito, essa foi a promessa que me fizeram os médicos que te operaram. Não pode imaginar nem remotamente quanto lamento não estar a teu lado neste instante.

Quando soube que morrerias, decidi dar-te a resposta da pergunta que me fizestes quando tinhas sete aninhos e a qual não respondi. Decidi dar-te o presente mais bonito que ninguém jamais faria por minha filha… Te dou de presente minha vida inteira sem nenhuma condição, para que faças com ela o que queiras. Vive filha! Te amo com todo meu coração!’

Catarina chorou por todo o dia e toda a noite. No dia seguinte foi ao cemitério e se sentou sobre a tumba de seu pai. chorou tanto como ninguém poderia chorar.

E sussurrou: “Papi,… Agora posso compreender quanto me amavas eu também te amava e ainda que nunca tenha dito, agora compreendo a importância de dizer-te “Te Amo” e te pediria perdão por haver guardado silêncio tantas vezes “.

Nesse instante as copas das árvores balançavam suavemente, caíram algumas folhas e florezinhas, e uma suave brisa roçou a face de Catarina, olhou para o céu, tentou enxugar as lágrimas de seu rosto, se levantou e voltou para casa.

terça-feira, 26 de março de 2024

A folha de papel... 3º feira da Semana Maior da Igreja...

 


A folha de papel

Quando mais jovem, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva e na menor provocação, explodia magoando meus amigos. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado. Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois de uma explosão de raiva, e me entregou uma folha de papel lisa e dizendo:
– Amasse-a!
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
– Agora -voltou a dizer-me- deixe-a como estava antes.
É obvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas. Então, disse-me o professor:
– O coração das pessoas é como esse papel… A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro-me deste papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas muitas vezes é tarde demais. Alguém disse, certa vez:

“Fale quando tuas palavras sejam tão suaves como o silêncio”.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Água e fogo... 2º feira da Semana Maior da Igreja.

       






     Água e fogo

Na província de Lu, havia o distrito governado por Chuang. Embora pequeno, o distrito havia prosperado bastante na gestão anterior a dele. Mas, desde que Chuang assumiu o governo, os negócios tinham se deteriorado. Confuso, Chuang subiu a à montanha de Han em busca do mestre Mun-sum.

Ao encontrá-lo e explicar-lhe a situação, esperou a resposta do mestre. Mun-sun, porém, não disse nada dando um pequeno sorriso e com um gesto convidou-o a acompanhá-lo.

Caminharam até que o rio lhes molhasse os pés. A outra margem não
podia ser vista, tão largo ele era. Depois de meditar olhando as águas, Mum-sum preparou uma fogueira e fez com que Chuang sentasse a seu lado. Ficaram ali sentados por longas horas, enquanto o fogo queimava. Quando as chamas já não dançavam mais, Mun-sum apontou para o
rio e falou

Agora você entende por que é incapaz de fazer como seu
predecessor fez para sustentar a grandeza de seu distrito?

Chuang respondeu, Desculpe mestre mas não compreendi.

Mum-sum, então, falou Reflita, Chuang, sobre a natureza do fogo que queimava à nossa frente. Era forte e poderoso. Nenhuma grande árvore ou animal poderia igualar-se em força.
Com facilidade, poderia ter conquistado tudo a seu redor.

– Em contraste, Chuang, considere o rio. Começou como um pequeno fio nas montanhas distantes. Às vezes rola macio, às vezes rápido, mas sempre navega para baixo, tomando as terras baixas como seu curso. Contorna qualquer obstáculo e abraça qualquer fenda. A água quase não pode ser ouvida. Quando a tocamos, percebemos que ela dificilmente pode ser sentida, tão gentil é sua natureza.

– E no final o que sobrou daquilo que foi o fogo poderoso? Somente um punhado de cinzas. Por ser tão forte, ele destrói tudo à sua volta, mas também se torna vítima. Ele se consome com sua própria força. O rio, não. Ele é calmo e quieto. Assim, ele vai rolando, crescendo, ramificando-se, tornando-se mais poderoso a cada dia em sua jornada em direção ao imenso oceano. Ele provê a vida e sustenta a todos.

– Da mesma maneira como na natureza, isso ocorre com os líderes.
Há aqueles que são como o fogo, orgulhosos, poderosos e autoritários. Há também os que são humildes como a água, donos de uma força interior de grande alcance e capazes de capturar o coração das pessoas.

Aqueles não constroem. Estes trazem uma primavera de prosperidade para suas províncias. Reflita, amigo, sobre o tipo de líder que você é. Talvez a resposta para seus problemas esteja aí.

domingo, 24 de março de 2024

Não te apressa... 40º dia da Quaresma...

 


Sossega, tudo chega no tempo certo. 

Não te apressa, a vida se encarrega de trazer tudo que falta. 

Não desanima, os ventos fortes só surgem para mostrar como nossa base é forte. 

Não entristece, nem sempre o que você deseja é realmente o melhor para você neste exato momento. 

Não esquece de sorrir, um sorriso transforma muitas situações.

sábado, 23 de março de 2024

A cor do mundo... 39º dia da Quaresma...

 


A cor do mundo

O ancião descansava sentado em velho banco à sombra de uma árvore, quando foi abordado pelo motorista de um automóvel que estacionou ao seu lado:

– Bom dia!
– Bom dia! Respondeu o ancião.
– O senhor mora aqui?
– Sim, há muitos anos…

– Venho de mudança e gostaria de saber como é o povo daqui. Como o senhor vive aqui há tanto tempo deve conhecê-lo muito bem. – É verdade, falou o ancião. Mas por favor me fale antes da cidade de onde você vem.
– Ah, É ótima! Maravilhosa! Gente boa, fraterna… Fiz lá muitos amigos. Só a deixei por imperativos da profissão.
– Pois bem, meu filho. Esta cidade é exatamente igual. Vais gostar daqui.

O forasteiro agradeceu e partiu. Minutos depois apareceu outro motorista e também se dirigiu ao ancião:
– Estou chegando para morar aqui. O que me diz do lugar?
O ancião, lançou-lhe a mesma pergunta:
– Como é a cidade de onde você vem?
– Horrível! Povo orgulhoso, cheio de preconceitos, arrogante! Não fiz um único amigo naquele lugar horroroso!
– Sinto muito, meu filho, pois aqui você encontrará o mesmo ambiente…

Assim somos nós….vemos no mundo e nas pessoas algo do que somos, do que pensamos, de nossa maneira de ser. Se somos nervosos, agressivos ou pessimistas, assim será o mundo e só acharemos problemas e conflitos. Em outras palavras, o mundo tem a cor que lhe damos através das nossas lentes…da nossa maneira de ver as coisas.

Se vemos o mundo com lentes escuras do pessimismo, tudo à nossa volta nos parecerá escuro…envolto em trevas. Se estamos turvados pelo desânimo, o universo que nos rodeia se apresenta desesperador. Mas, se ao contrário, estivermos otimistas, sentiremos que em todas as situações há aspectos positivos e cheios de entusiasmo.

A cor do mundo, portanto, depende da nossa ótica…da maneira como estamos nos sentindo, afinal, o exterior estará sempre refletindo o que levamos no interior. Ser otimista é ser gerador de adrenalina emocional, que estimula o sangue, impulsionando ao avanço, à alegria.

Cultivando o otimismo nos sentimentos adquirimos visão para perceber o lado bom da vida que nos rodeia…teremos confiança em Deus e tudo será belo, e ao nosso redor teremos alegria e felicidade.

sexta-feira, 22 de março de 2024

Cachoeiras do mundo... 38º dia da Quaresma...

 


Cachoeiras do mundo

Frequentemente, eu me pergunto: O que cada um de nós está fazendo neste planeta??

Se a vida for somente tentar aproveitar o máximo possível as horas e minutos, esse filme é bobo. Tenho certeza de que existe um sentido melhor em tudo o que vivemos. Para mim, nossa vinda ao planeta Terra tem basicamente dois motivos: evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.

Todos os nossos bens na verdade não são nossos. Somos apenas as nossas almas. E devemos aproveitar todas as oportunidades que a vida nos dá para nos aprimorarmos como pessoas. Portanto, lembre sempre que os seus fracassos são sempre os melhores professores e é nos momentos difíceis que as pessoas precisam encontrar uma razão para continuar em frente.

As nossas ações, especialmente quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores. A nossa capacidade de resistir às tentações, aos desânimos para continuar o caminho é que nos torna pessoas especiais. Ninguém veio a essa vida com a missão de juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.

Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida, mas não pode ser a razão da vida. Tenho certeza de que pessoas como Monsenhor Jonas Abibi, Padre Leo,  Martin Luther King, Mahatma Ghandi, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, e tantas outras anônimas, que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais fracos e dos mais pobres, não estavam motivadas pela ideia de ganhar dinheiro.

O que move essas pessoas generosas a trabalhar diariamente, a não desistir nunca? A resposta é uma só: a consciência de sua missão nesta vida. Quando você tem a consciência de que através do seu trabalho você está realizando sua missão, você desenvolve uma força extra, capaz de levá-lo ao cume da montanha mais alta do planeta.

Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem e distorce o sentido de sua existência pensando que acumular bens materiais é o objetivo da vida. E quando chega no final do caminho percebe que só vai poder levar daqui o bem que fez às pessoas. Se você tem estado angustiado sem motivo aparente está aí um aviso para parar e refletir sobre o seu estilo de vida.

Escute a sua alma: ela tem a orientação sobre qual caminho seguir. Tudo na vida é um convite para o avanço e a conquista de valores na harmonia e na glória do bem.

Deus ilumine nossos passos.

quinta-feira, 21 de março de 2024

A carta... 37º dia da Quaresma...

 


A carta

Carta enviada de uma mãe para uma outra mãe em SP, após noticiário na TV:

De mãe para mãe…

“Hoje vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.

Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.
Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação, contam com o apoio de comissões, pastorais, órgãos e entidades de defesa de direitos humanos.

Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme é a distância que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família.

Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual. Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a um posto de gasolina, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.

No próximo domingo, quando você estiver se abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo…

Ah! Ia me esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, viu? Que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.”

Direitos humanos são para humanos direitos!

quarta-feira, 20 de março de 2024

O pássaro, peixe, coelho e o pato... 36º dia da Quaresma...

 


O pássaro, peixe, coelho e o pato

Estavam reunidos na floresta, um pássaro, um peixe, um coelho e um pato. Conversavam sobre suas habilidades e modos de lidarem com as adversidades da vida.

Sobre a possível aproximação de um caçador, disse o pássaro:
– Ah, se um caçador aparecer eu saio voando como um foguete, com toda minha força e energia…

O peixe, por sua vez comentou sobre o assunto:
– Se aparecer um caçador, eu nado como nunca, com toda minha destreza e velocidade…

O coelho, ponderou:
– No meu caso, se um caçador aparecer “pernas prá que te quero”,
corro como uma bala…

Demonstrando um certo ar de superioridade, devido a aparente limitação de seus companheiros, o pato deu um passo à frente e declarou:
– Se vier um caçador, eu não terei problemas em me safar, pois além de voar, sei nadar e correr. Farei qualquer uma dessas coisas, pois tenho várias habilidades, usarei a que for mais conveniente.

A conversa seguia seu rumo, quando de repente surgiu um caçador na floresta. Sem demoras o pássaro alçou voo.
O peixe nadou rapidamente para o fundo do rio e o coelho saiu em disparada.

O pato, porém, foi apanhado. Com tantas habilidades, não conseguiu definir a tempo a melhor estratégia de fuga.

terça-feira, 19 de março de 2024

Vida breve... 35º dia da Quaresma...

 


Vida breve

Essa nossa vida é tão curta…
O tempo em que ficamos neste mundo é tão breve…

Existem tantas coisas boas, úteis, concretas e que, principalmente, estão ao nosso alcance e as deixamos de lado. Não lhes damos a atenção necessária.

Talvez por não acreditarmos que os momentos e os detalhes são únicos.

Ou talvez por esquecermos que as oportunidades podem ser descartadas, mas dificilmente repetidas.

Vivemos nos queixando pelas grandes obras que não podemos realizar e deixamos de lado aquelas pequenas que nos são possíveis.

Vivemos desejando asas, enquanto nossos pés nos convidam à pisar firmes no chão.

Acreditamos que a nossa felicidade está naquilo que desejamos e deixamos de amar o que possuímos.

Nossa vida é breve e temos muita coisa útil à realizar.

De modo algum justifica-se nossa busca por satisfações efêmeras, enquanto nossa realização está justamente naquilo que já é nosso.

Devemos nos lembrar que passaremos por este caminho, este mundo, uma só vez.
Precisamos, portanto, aproveitar esta oportunidade única, breve…

segunda-feira, 18 de março de 2024

Perdas e ganhos... 34º dia da Quaresma...

 


Perdas e ganhos

E por falar em perdas e ganhos, alguém notou que perdemos nossa capacidade de nos emocionar? Parou para pensar que gostar de alguém caiu em desuso? Que contemplar a lua cheia virou demodê? Que amar é caretice? Que ficar em casa sábado a noite é um passaporte para as fraldas geriátricas? Que o que poderia ser paz, encaramos como tédio? A constar, alguém aí anda preocupado com a possibilidade de não suportar a própria companhia caso a internet dê pau e o mundo pare de girar por alguns minutos?

domingo, 17 de março de 2024

O amor de uma criança... 33º dia da Quaresma...

 





O amor de uma criança

Uma noite, quando voltei do trabalho, minhas duas crianças estavam ocupadas na máquina de costura. Minha filha de onze anos, ajudava o irmão mais velho a fazer uma pequena almofada. Tinha sido um dia difícil, minha saudação foi curta e então notei o material que minha filha tinha usado.

Tinha sido comprado para fazer uma manta de bebê, e agora estava em pedaços. Sem parar para escutar, eu explodi com as crianças.

Minha filha me escutou envergonhada, sem tentar se defender, mas a dor poderia ser vista escrita em seu rosto. Ela se retirou, quietamente, para o seu quarto e lá ficou por muito tempo, saindo só para dizer boa noite e uma vez mais se desculpar pelo erro.

Mais tarde, quando me preparava para ir deitar, lá na cama estava colocada uma bonita almofada feita com o tecido proibido, com as palavras “EU AMO A MAMÃE”. Ao lado havia um bilhete se desculpando novamente.

Desde este dia, eu ainda tenho lágrimas em meus olhos quando me recordo de como eu reagi e ainda sinto a dor por minhas ações. Fui eu então quem ficou envergonhada e lhes pedi que desculpassem minhas ações.

E ainda hoje, eu exibo com grande orgulho a almofada em minha cama, e uso como uma eterna lembrança de que nada neste mundo é maior que o amor de uma criança.

sábado, 16 de março de 2024

A vaquinha... 32º dia da Quaresma...

 


A vaquinha

Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita… Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.

Chegando ao sitio, constatou a pobreza do lugar: sem calçamento, casa de madeira, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas… Então o mestre se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou:

“Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?”

E aquele senhor calmamente respondeu:

“Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros alimentícios e a outra parte nós produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo.”

O sábio agradeceu pela informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:

“Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali à frente e empurre-a, jogue-a lá embaixo, mas certifique-se que ela morra.”

O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato de que a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos, até que, um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar àquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los.

E assim o fez. Só que quando se aproximava do local, avistou um sítio muito bonito que não havia antes, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e, chegando lá, foi logo recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O caseiro respondeu:

“Continuam morando aqui.”

Espantado, o discípulo entrou correndo na casa e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor, ao dono da vaquinha:

“Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida?”

E o senhor, entusiasmado, respondeu:

“Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem nós sabíamos que tínhamos, e assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora!”

Na vida, as dificuldades nos oferecem a oportunidade de encontrar o caminho certo para o sucesso, e assim, a oportunidade de encontrarmos e realizarmos o nosso destino.

sexta-feira, 15 de março de 2024

Hora certa... 31º dia da Quaresma...

 


Hora certa

Havia um cego que pedia esmola à entrada do Viaduto do Chá, em São Paulo. Todos os dias passava um publicitário que deixava sempre algumas moedas no chapéu do pedinte. O cego trazia pendurado no pescoço um cartaz com a frase:

– Cego de nascença. Uma esmola, por favor.

Certa manhã o publicitário teve uma ideia, virou o letreiro do cego ao contrário e escreveu outra frase. À noite depois de um dia de trabalho perguntou ao cego como é que tinha sido seu dia.

O cego respondeu, muito contente: Até parece mentira. Mas hoje foi um dia extraordinário. Todos que passavam por mim deixavam alguma coisa. Afinal, o que o senhor escreveu no letreiro?

O publicitário havia escrito uma frase breve, mas com sentido e carga emotiva suficiente para convencer os que passavam a deixarem algo para o cego.

A frase que fez com que muitos parassem e dessem maior atenção, era:

– Em breve chegará a primavera e eu não poderei vê-la.

A maioria das vezes não importa o que você diz, mas como você diz, por isso tome cuidado em como falar com as pessoas, pois isso tem um peso positivo ou negativo naquilo que você quer dizer.

Provérbios 25.11: “A palavra certa na hora certa é como um desenho de ouro feita em cima de prata.”

quinta-feira, 14 de março de 2024

Batatas... 30º dia da Quaresma...

 


Batatas

Um professor pediu para que os alunos levassem batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Ele pediu para que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem dentro da bolsa.

Quase todas as bolsas ficaram muito pesadas. A tarefa era a seguinte: Durante uma semana os alunos tinham que levar a bolsa com as batatas para todos os lados.

As batatas foram apodrecendo naturalmente com o tempo. O fato de ficar atento à bolsa, para não esquecê-la em nenhum lugar, fazia com que os alunos deixassem de prestar atenção a outras coisas que eram importantes para eles. O incômodo de carregar a bolsa, o tempo todo, acabou mostrando o tamanho do peso que tem a mágoa.

Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o estresse e roubando nossa alegria.
Perdoar e deixar esses sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.
Para não carregar essa bolsa cheia de mágoas, jogue fora suas “batatas” e deixe o ressentimento de lado.
Faz bem para você, para a vida e para quem está perto de você.

quarta-feira, 13 de março de 2024

O alce e os lobos... 29º dia da Quaresma...

 


O alce e os lobos

A água do lago estava tão limpa que parecia um espelho.

Todos os animais que foram beber água viram suas imagens refletidas no lago.

O urso e seu filhote pararam admirados e foram embora.

O alce continuou admirando a sua imagem:

– Mas que bela cabeça eu tenho.

De repente, observando as próprias pernas, ficou desapontado e disse:

Nunca tinha reparado, nas minhas pernas. Como são feias! Elas estragam toda a minha beleza!

Enquanto examinava sua imagem refletida no lago, o alce não percebera a aproximação de um bando de lobos que afugentara todos os seus companheiros.

Quando finalmente se deu conta do perigo, o alce correu assustado para o mato. Mas, enquanto corria, seus chifres se embaraçavam nos galhos, deixando-o quase ao alcance dos lobos.

Por fim o alce conseguiu escapar dos perseguidores, graças às suas pernas, finas e ligeiras.

Ao perceber que já estava a salvo,

O alce exclamou aliviado:

– Que susto! Os meus chifres são lindos, mas quase me fizeram morrer!

Ah, se não fossem as minhas pernas!

“Não devemos valorizar só o que é bonito, sem valorizar o que é útil.”

terça-feira, 12 de março de 2024

Um simples conselho... 28º dia da Quaresma...

 


Um simples conselho

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda a fortuna que possuía não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu a ajuda. Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e lhe pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.

– O que você vê através do vidro, meu filho?

– Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:

– O que você vê neste espelho?

– Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.

– E já não vê os outros, não é verdade?

E o sábio continuou com suas lições preciosas:

– Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa. Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.

Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:

– Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar aos outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas.

Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta.

Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estar em nosso lugar. E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com Seus filhos em dificuldades. Ademais, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela. E a caridade tem muitas maneiras de se apresentar: Pode ser um sorriso gentil…

Uma palavra que anima e consola…
Um abraço de ternura…
Um aperto de mão…
Um pedaço de pão…
Um minuto de atenção…
Um gesto de carinho…
Uma frase de esperança…
E quem de nós pode dizer que não necessita ou nunca necessitará dessas pequenas coisas?

“A caridade é o gênio celestial que nos tece asas de luz para a comunhão com o pensamento divino, se soubermos esquecer de nós mesmos para construir a felicidade daqueles que nos estendem as mãos”.

segunda-feira, 11 de março de 2024

A formiga e a pomba... 27º dia da Quaresma...

 





A formiga e a pomba

Uma Formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.

Uma Pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. A Formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem.

Pouco tempo depois, um caçador de pássaros veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da Pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo.

A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance para que a Pomba voasse para longe a salvo.

Moral da História:
Quem é grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.

domingo, 10 de março de 2024

Fila indiana... 26º dia da Quaresma...

 


Fila indiana

Para mim os homens caminham pela face da Terra em fila indiana.
Cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.
Na sacola da frente, nós colocamos as nossas qualidades.
Na sacola de trás guardamos os nossos defeitos.
Por isso durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas em nosso peito.
Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui.
E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

Mude ainda dá tempo, e não esqueça…

Sorria! …

sábado, 9 de março de 2024

A mula... 25º dia da Quaresma...

 


A mula

Uma mula, sempre folgada, por não trabalhar e ainda assim ganhar generosas quantidades de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era toda vaidosa, e comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante, falava consigo mesma:

Meu pai com certeza foi um grande e Belo Raça Pura. Fico orgulhosa por ter herdado todo seu espírito, graciosidade, resistência e beleza.

Pouco tempo depois, ao ser levada a uma longa marcha, como um simples animal de carga, cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:

Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai, pode Ter sido apenas um simples Burro de carga.

Moral da História: Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração