segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Celebração Eucarística emociona fieis na Catedral





A Catedral Metropolitana de Campinas está repleta de fieis, familiares, amigos, irmãos do Arcebispo de Campinas, Dom Bruno Gamberini. A Missa de corpo presente, celebrada às 10h00, foi presidida pelo Bispo de Amparo, Dom CIpolini, e concelebrada pelo Arcebispo Emérito de Campinas, Dom Gilberto Pereira Lopes, pelo Cabido Metropolitano, pelo Colégio dos Consultores e padres. Na homilia, lembranças e testemunhos de Dom Cipolini e Dom Gilberto.
Com a Catedral lotada, a primeira celebração de corpo presente emocionou os fieis. Presidida por Dom Cipolini, contou com a presença de padres da Arquidiocese de Campinas e Dioceses vizinhas.
“Dom Bruno partiu para a casa do Pai. Aos sessenta e um anos de existência, ele nos deixa pesarosos; e pesarosos nos perguntamos: por que assim tão cedo deves ir? Mistério! Mistério profundo do desígnio insondável de Deus”, destacou Dom Cipolini.
Para Dom Gilberto, amigo pessoal de Dom Bruno, esse momento foi de grande tristeza. “Dom Bruno, o senhor conhece meu coração. Sabe que estou profundamente agradecido. Seja em razão do governo desta Igreja que eu tanto amo, na alegria da comunhão, nos anseios profundos de um mundo melhor. Dom Bruno, Deus lhe guarde no seu infinito coração de Pai”, disse Dom Gilberto.
Missa de corpo presente às 12h15
A Missa de corpo presente celebrada às 12h15, foi presidida pelo Bispo Emérito de Catanduva, Dom Antonio Celso Queiros, e concelebrada pelos padres da Arquidiocese de Campinas e Dioceses irmãs. Dom Celso destacou o trabalh

Martírio de São João Batista 29 AGOSTO


Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Primeira leitura: Jr 1,17-19
Leitura do Livro do Profeta Jeremias - Naqueles dias, a Palavra do Senhor foi-me dirigida: 17“Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer. Não tenhas medo, senão, eu te farei tremer na presença deles.
18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 70
          — Minha boca anunciará vossa justiça!
— Minha boca anunciará vossa justiça!

— Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!

— Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Li­bertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

— Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, desde o seio maternal, o meu amparo.

— Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensi­nastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas
 
Evangelho: Mc 6,17-29
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Marcos.
          - Glória a vós, Senhor.

         Naquele tempo, 17Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.
21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia . 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.
24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João.
O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Nesta narrativa fica em destaque a denúncia de João Batista que rejeita a união de Herodes com Herodíades, mulher de seu irmão. O motivo da denúncia, então, seria moral e religioso. Contudo o historiador Flávio Josefo, na segunda metade do primeiro século, observa que Herodes perseguiu João Batista por temer que ele provocasse uma insurreição popular contra os romanos. Pode-se ver em Herodíades a representação das elites religioso-econômicas da Galiléia que cercam Herodes e que articulam a morte de João Batista. A narrativa é também um prenúncio do destino de Jesus e um recado aos discípulos: quem assume a missão assume também o destino daquele que o enviou
 
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante da Palavra, rezando com todos que fazem este momento de oração:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima - Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade) 
O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia, o Evangelho do Dia - Mc 6,14-29.
João Batista foi morto porque pregou a verdade sem meias medidas Ele condenou o casamento ilícito de Herodes com Herodiades. Com tristeza, o fraco Herodes mandou que João fosse executado para realizar o pedido de Herodiades: a cabeça de João Batista.

2. Meditação (Caminho) 
- O que a Palavra diz para mim?
Parece que o caso deste "banquete da morte" se repete hoje, com outras nuances. A dissimulação, as meias verdades, o fazer calar a verdade se repetem.
Os Bispos, em Aparecida, disseram: "A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se àqueles que trazem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja se reconhecer com a luz e a força do Espírito."(DAp 11).
Pergunto-me:
- Prefiro as aparências do que sofrer pelo bem, pelo que é correto?
- Sacrifico alguém para defender uma idéia, um modo de agir, o sentir, que eu sei não é coerente com meu ser cristão/ã?
- Uso de estratégias para fugir da verdade, também em pequenas coisas?

3. Oração (Vida) 
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
O papa Paulo VI fez uma oração ao Espírito Santo que você pode rezar agora:
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande,
Aberto à Vossa silenciosa
E forte palavra inspiradora,
Fechado a todas as ambições mesquinhas,
Alheio a qualquer desprezível competição humana,
Compenetrado do sentido da santa Igreja!
Um coração grande,
Desejoso de tornar-se semelhante
Ao Coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte
Para amar todos,
Para servir a todos,
Para sofrer por todos!
Um coração grande e forte
Para superar todas as provações,
Todo tédio, todo cansaço,
Toda desilusão, toda ofensa!
Um coração grande e forte,
Constante até o sacrifício,
Quando for necessário!
Um coração cuja felicidade
É palpitar com o Coração de Cristo
E cumprir humilde, fiel e virilmente
A vontade do Pai.
Amém.

4. Contemplação (Vida) 
Viverei cada momento do dia de hoje, de forma transparente, em coerência com a Palavra de Jesus Mestre:
"Diga apenas "sim" quando é "sim"; e "não", quando é "não". O que você disser além disso, vem do Maligno" (Mt 5,37).

Bênção 
"O Senhor te abençoe e te guarde.
O Senhor faça brilhar sobre ti sua face, e se compadeça de ti.
O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz"
(Nm 6, 24-26).
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
 
Fonte:
Congregação do Santíssimo Redentor
Paulinas
 

Dom Bruno: horário do velório e missas de corpo presente na Catedral


Comunicamos que o corpo de Dom Bruno Gamberini deve chegar a Campinas no início desta manhã, segunda-feira, 29 de agosto, por volta das 6 horas, quando será preparado e paramentado com as vestes litúrgicas pelo Cerimonial da Arquidiocese de Campinas.
início do Velório na Catedral Metropolitana de Campinasacontecerá com a celebração da Missa às 7 horas.
Durante essa segunda-feira estão programadas 4 missas: 7h, 12h30, 15h e 18h30. Caso o número de fiéis, padres e bispos o exigir poderão acontecer outras celebrações durante os horários. Ao clero recordamos que os paramentos são na cor roxa.
Também, no período da manhã os padres da arquidiocese programarão a noite de segunda para terça-feira com o intuito de favorecer que as foranias possam prestar suas homenagens e orações ao nosso querido bispo.
Missa Solene Exequial acontecerá na próxima terça-feira, 30 de agosto, às 10 horas. Logo em seguida acontecerá a encomendação do corpo e sepultamente na Cripta da Catedral.
Recordamos que por sete dias (até o proximo domingo, 04 de setembro) todas as Igrejas da Arquidiocese de Campinas dizem as Missas em memória de Dom Bruno Gamberini (paramentos na cor roxa [cf. Missal Romano, p. 980/981 - Missa dos Fiéis Defuntos: por um Bispo Diocesano]).
Requiem aeternam dona ei, Domine,
et lux perpetua luceat ei.
Requiescat in Pace.
Amem.

domingo, 28 de agosto de 2011

Biografia do Arcebispo de Campinas Dom Bruno Gamberini





Biografia de Dom Bruno Gamberini

Dom Bruno Gamberini nasceu em Matão, SP, no dia 16 de julho de 1950, festa de Nossa Senhora do Carmo e Ano Santo do Dogma da Assunção. É filho do Sr. Armando Gamberini (falecido em 1987) e da Sra. Tirsi Castellani Gamberini, terceiro filho entre um irmão e três irmãs. Foi batizado, crismado e recebeu a Primeira Eucaristia na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão.
Completou o curso primário no Grupo Escolar Estadual “José Inocêncio da Costa” e na Escola Estadual “Prof. Henrique Morato”, em Matão. Completou o segundo grau e a Filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos (1968-1970) e Teologia no Studium Theologicum, filiado à Universidade Lateranense de Roma, em Curitiba, PR (1971-1974). Cursou, ainda, Canto Coral e regência, na Pró-Música de Curitiba.
Foi ordenado Diácono na Catedral de São Carlos em 02 de dezembro de 1973 e Presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão, no dia 11 de dezembro de 1974, por Dom Constantino Amstalden, Bispo da Diocese de São Carlos. Como Padre foi Coordenador de Estudos e Professor de Filosofia (1975-1977) e Reitor da Filosofia (1991-1995); Coordenador Diocesano da Pastoral da Diocese de São Carlos (1978-1979); Pároco de Ribeirão Bonito, SP (1979-1981); Primeiro Juiz Auditor da Câmara do Tribunal Eclesiástico de São Carlos (1980-1984) e depois Notário do Tribunal até 1995; Reitor do Seminário de Teologia de São Carlos em Campinas, SP (1982-1986). Foi Pároco de Itajobi e Marapoama (1987-1989), Vigário Cooperador da Catedral de São Carlos (1983-1995), ajudando nas Igrejas de São Benedito e São Judas Tadeu. Foi nomeado Cônego Honorário do Cabido da Catedral de São Carlos, em 19 de março de 1983.
O Santo Padre, o Papa João Paulo II, nomeou Dom Bruno o 4º Bispo Diocesano de Bragança Paulista em 17 de maio de 1995. Foi ordenado Bispo no dia 16 de julho de 1995, na Catedral de São Carlos Borromeu, em São Carlos, SP, sendo sagrante Dom Constantino Amstalden e Bispos Consagrantes, Dom Antônio Pedro Misiara, 3º Bispo de Bragança, e Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, Bispo Auxiliar de Salvador da Bahia. Tomou posse da Diocese em 20 de agosto de 1995. Dom Bruno escolheu como tema episcopal “Nomen Domini Benedictum” – Bendito o nome do Senhor.
Como Bispo de Bragança Paulista foi Assessor da Pastoral da Criança no Regional Sul 1; Bispo representante do Sub-Regional Campinas na representativa do Sul 1; e Membro do Conselho Pastoral do Sul 1 no ano de 1999.
No dia 02 de junho de 2004, o Papa João Paulo II nomeou Dom Bruno Gamberini como 6º Bispo e 4º Arcebispo de Arquidiocese de Campinas. No dia de sua nomeação, entre largos sorrisos, Dom Bruno dizia: “Quando passava pela região de Campinas e via essa enormidade, essa grandeza de povo e de desafios, sempre rezava a Deus pelo novo Arcebispo que o Papa nomearia. E não é que fui eu o escolhido?”
Neste dia, Dom Bruno enviou sua primeira mensagem ao povo da Arquidiocese de Campinas:
Irmãos e irmãs,
Amados e amadas em Jesus Cristo.
“Bendito seja o Nome do Senhor agora e para sempre”
A Paz de Cristo a todos.
Tão logo o Sr. Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, comunicou-me no dia 25 de maio, que Sua Santidade o Papa João Paulo II, que governa a Igreja em Nome de Jesus, com força do Seu Espírito e com a autoridade do Apóstolo Pedro, chamou-me para o ministério de pastorear a Igreja de Jesus Cristo que está em Campinas, imediatamente supliquei à misericórdia do Pai sobre mim, pecador, e, invocando a proteção da Imaculada Conceição, a Grande Mãe do Filho de Deus e Padroeira desta Arquidiocese, rezei por todo o povo, o Rebanho amado de Jesus desta Igreja Particular. Permaneci estes dias em oração confiante, na espera da publicação oficial no dia de hoje.
De fato “aterroriza-me o que sou para vós, consola-me o que sou convosco: para vós sou o Bispo, convosco sou Cristão”. Aceitei esta incumbência com temor e tremor, confiado apenas no poder de Deus; com boa vontade, sim, e ciente de minha limitação.
Saúdo em primeiro lugar o patriarca desta bela e gloriosa Igreja, Sua Excia. o Arcebispo Dom Gilberto Pereira Lopes. Até hoje, como Bispo Diocesano de Bragança Paulista, era seu Bispo sufragâneo, agora sou seu sucessor pequeno, e esperançoso irmão. Reverencio os Srs. Bispos cujas Dioceses compõem nossa Província Eclesiástica: São Carlos, Piracicaba, Limeira, Amparo e minha querida Bragança Paulista. Reafirmo a comunhão com os Bispos do Sul I e à CNBB.
Abraço meus Padres e meus Diáconos, deixem-me chamá-los assim, meus seminaristas e, cheio de ternura e firmeza no amor, acolho os Religiosos, Religiosas, pessoas consagradas e os cristãos leigos, fiéis em Cristo. Com todos desejo fazer um corpo único na evangelização e estar sempre a serviço para o crescimento do Povo de Deus, com as CEBs, os Movimentos e Pastorais.
Saúdo a todas as excelentíssimas Autoridades e habitantes dos municípios que compõem nossa Arquidiocese: Campinas, Elias Fausto, Hortolândia, Indaiatuba, Monte Mor, Paulínia, Sumaré, Valinhos e Vinhedo, com todas as suas Paróquias, Bairros e Comunidades.
Aos irmãos cristãos de outras Igrejas e Denominações saúdo com afeto e a oração de Jesus: “Pai, que eles sejam um… para que o mundo creia que Tu me enviaste”. A todas as pessoas que professam a existência de Deus e a todos os homens e mulheres de boa vontade cumprimento na esperança de, juntos, construirmos um mundo justo, fraterno e solidário, na verdade e na paz.
Uma saudação especial àqueles que se empenham na política e na educação, aos grandes faróis da ciência e do conhecimento, as Escolas Públicas e Particulares, com destaque à Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC-Campinas, que nasceu e vive no coração da Igreja, e também à UNICAMP.
Aos profissionais dos Meios de Comunicação Social quero dar-lhes a certeza de que contarão sempre com a Arquidiocese e comigo para o cultivo da verdade e da bondade na informação certa e na formação da reta consciência das pessoas e da sociedade.
Os pobres, doentes, desempregados, os que sofrem, os sem teto e os que labutam nos tantos desafios da grande cidade e do campo, os amados de Deus por primeiro, os mais pequeninos, tenham a confiança de que encontrarão no Arcebispo, Deus me ajude, a presença do pai, o irmão que consola e o trabalhador na construção, através das pastorais sociais, ombro a ombro, de nossa cidade terrena, sinal e esperança da Cidade Eterna e da Mesa em que o Pai reunirá todos os seus filhos e filhas e enxugará as lágrimas dos nossos olhos. Saúdo a todos os trabalhadores e trabalhadoras em todas as profissões, ofícios e serviços.
Sou filho de um operário da indústria metalúrgica e de uma dona de casa. Brasileiro, Católico, paulista de Matão. Venho do Presbitério da Diocese de São Carlos e Bispo de Bragança Paulista. Estas são as minhas credenciais. Sei que nada sou frente à grandiosidade da Metrópole que é Campinas. Sei que sou chamado por Deus, através de João Paulo II, para ser o Arcebispo de Campinas. Sozinho nada posso, no entanto, os fiéis da Igreja de Jesus, o seu Pastor com seu Presbitério, queremos anunciar ao mundo: Somos servidores do Evangelho de Jesus Cristo, com a força do Espírito e o poder do Pai, congregados na Santa Igreja Católica e Apostólica e, contando com o auxílio materno de Maria Imaculada, lançamo-nos à Missão que o Senhor nos propõe, a nós, seus discípulos: “Ide pelo mundo inteiro, fazei discípulos meus todos os povos. Eu estarei sempre convosco. Duc in altum… lançai as vossas redes”.
Peço a todos sua oração.
No dia 19 de junho, no Centro de Pastoral Pio XII, Dom Bruno Gamberini, ainda como Arcebispo Nomeado de Campinas, se reuniu com a Coordenação Colegiada de Pastoral e com os Coordenadores das Pastorais, Equipes, Movimentos e demais Organismos da Arquidiocese. A Coordenação de Pastoral preparou com muito carinho uma breve apresentação da organização e dos trabalhos desenvolvidos pela Igreja de Campinas, ansiosa pelo primeiro contato com o novo Arcebispo.
Dom Bruno viajou para Roma no dia 20 de junho de 2004, onde, na Solenidade de São Pedro, recebeu o Pálio Sagrado, em Missa presidida pelo Papa João Paulo II.
Dom Bruno tomou posse no dia 1º de agosto de 2004, em Missa Solene, às 10h00, na Matriz Nossa Senhora Auxiliadora, no Guanabara, em Campinas, em razão das obras de restauro que estavam sendo feitas na Catedral Metropolitana. Estiveram presentes Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo Emérito de Campinas, Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico, vários Bispos do Brasil, grande número de Presbíteros, Diáconos e Seminaristas, familiares, Prefeitos da região de Campinas, o Exmo. Sr. Vice-Governador do Estado de São Paulo, Dr. Cláudio Lembo, e cerca de 2000 pessoas que acolheram com grande alegria e festa a Dom Bruno.
Neste celebração, Dom Bruno deu mais uma prova de sua grandeza, ao se dirigir a Dom Gilberto, que se tornava Arcebispo Emérito de Campinas: “Ao Exmo. Sr. Arcebispo Dom Gilberto Pereira Lopes, minha gratidão sem limites. A V. Excia. concedo todas as faculdades de Vigário Geral em todas as paróquias e território de nossa Arquidiocese de Campinas”. Dom Bruno sempre demonstrou muito carinho e amor filial a Dom Gilberto, acolhendo-o com ternura e se referindo a ele com muito respeito e admiração.
Ainda em sua Celebração de Posse, Dom Bruno nomeou o Monsenhor José Antônio de Moraes Busch como Vigário Geral, acumulando o cargo de Ecônomo, “ajudando-me na coordenação da Cúria Metropolitana, junto com nosso Chanceler, Padre Julio Cesar Calusni”.
No dia 10 de agosto de 2004, tomou posse como Grão Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUC-Campinas. Na sua mensagem de posse Dom Bruno disse: “Desejo que minha primeira mensagem a esta comunidade acadêmica expresse este mesmo afeto e reconhecimento a esta Instituição e ao trabalho que, com dedicação, aqui vem sendo realizado, ao longo de mais de 60 anos, como um importante trabalho de Igreja. De modo particular, sinto que esta Universidade nasceu do coração da Igreja, do coração da Igreja de Campinas, e recebeu do coração de Monsenhor Salim e do Excelentíssimo Arcebispo Emérito de Campinas e Grão-Chanceler da PUC-Campinas, Dom Gilberto Pereira Lopes, todo cuidado, respeito à comunidade e amor que tem à Igreja (…). Como Pastor desta Igreja, aqui estou para integrar-me nesta caminhada, desejando contribuir para que a nossa PUC possa, cada vez mais, responder aos desafios de sua identidade e missão”.
A primeira Missa oficial presidida por Dom Bruno em Campinas foi na Catedral Metropolitana, no dia 15 de agosto de 2004, às 09h30. Após a Missa, Dom Bruno e todos os convidados fizeram uma visita oficial às obras de restauro que estavam sendo realizadas na Catedral. Começava, aí, uma maratona sem fim, que alegrava sobremaneira a Dom Bruno. Ele sempre fez questão de estar presente nas Comunidades e Paróquias, nas festas dos padroeiros, nas investiduras de ministros, na administração do Sacramento da Crisma, nas Missas das Comissões e Movimentos da Arquidiocese, pois dizia que o povo quer ver o Bispo, sentir a presença do sucessor dos Apóstolos. Atendia a todos com um sorriso paterno, um cumprimento, um abraço.
Quando Dom Bruno assumiu a Arquidiocese de Campinas, o 6º Plano de Pastoral Orgânica havia sido publicado há pouco, no dia 03 de agosto de 2003, para o período de 2003 a 2006. Com muita humildade e sabedoria pastoral, Dom Bruno assumiu os trabalhos que vinham sendo feito em Campinas e, como ele mesmo definiu, “os meus projetos e os meus planos para Campinas são trabalhar com os meus padres; eu tenho que aprender em Campinas. Eu não tenho proposta pronta nenhuma, a não ser trabalhar juntos. Eu sou, como na parábola de Jesus Cristo, o operário da última hora. Tanta gente já trabalhou desde que a Diocese foi criada em 1908 e estamos a apenas quatro anos da celebração do Centenário. E agora chega mais um operário, que foi chamado na última hora e que recebe o mesmo pagamento dos outros que trabalharam tanto. Como isso é bonito! Eu quero entrar e fazer parte da história de Campinas, essa história bonita e gloriosa de uma Igreja linda, que é a Arquidiocese de Campinas”.
Dom Bruno assumiu o trabalho e a organização eclesial da Arquidiocese de Campinas, com os Conselhos existentes e a Coordenação Colegiada de Pastoral, órgão máximo na definição das linhas pastorais da Igreja de Campinas. Criou, unicamente, a Coordenadoria de Pastoral, um órgão consultivo do Arcebispo, com a participação dos Vigários Gerais, do Coordenador de Pastoral e dos Vigários das Regiões Pastorais e das Foranias.
Na Cúria Metropolitana, Dom Bruno continuou o atendimento, jamais de furtando a atender quem o procurasse. Padres, políticos, pessoas que queriam conversar, conhecer o Arcebispo, confessar, pedintes, ele recebia a todos com o mesmo sorriso e atenção.
No dia 03 de outubro, estreou um programa o programa Deus nos fala, pela TV Século XXI, apresentado aos sábados e domingos, com uma mensagem clara e profunda do Evangelho do domingo.
No período de 12 de outubro de 2004 a 12 de outubro de 2005, foi realizada em Campinas a peregrinação com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, uma fac-símile trazida do Santuário Nossa Senhora da Aparecida, quando da peregrinação da Arquidiocese à casa da Mãe Aparecida, no dia 16 de maio de 2004. Todas as Paróquias receberam a visita da imagem, culminando com uma grande festa de encerramento, no Estádio Moisés Lucarelli no dia 12 de outubro de 2005, com Missa presidida por Dom Bruno.
Dom Bruno recebeu, no dia 08 de dezembro de 2005, o Título de Cidadão Campineiro, concedido pela Câmara Municipal de Campinas, por Projeto de Decreto Legislativo, de autoria do vereador Rafael Zimbaldi. O título foi entregue no início da Missa de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira da Arquidiocese e da cidade de Campinas, celebrada na Catedral Metropolitana.
No dia 19 de junho, Dom Bruno começou a participação na Rádio Brasil de Campinas, com o programa Mensagem de Fé. Diariamente, por cinco minutos, fazia a leitura e reflexão do Evangelho do dia. Este programa passou a incorporar o Programa Povo de Deus, também veiculado diariamente pela Rádio Brasil, e a ser postado, com antecedência, no site da Arquidiocese de Campinas. Várias emissoras de Rádio, de todo o Brasil, passaram a retransmitir o Mensagem de Fé.
A Arquidiocese de Campinas caminhava rumo ao seu Centenário. Assim, Dom Bruno, juntamente com a Coordenadoria e a Coordenação de Pastoral decidiram pela realização de um Ano Jubilar, com o tema Cem anos em Missão neste chão!
Ficou determinado que o Centenário da Diocese de Campinas seria marcado por três momentos fortes, chamados de Monumentos: Monumento da Fé, da Esperança e da Caridade.
O Monumento da Fé foi o da Palavra de Deus, com a impressão e distribuição de 100 mil Bíblias com o Encarte da Arquidiocese. O Monumento da Esperança foi um ano especial de Oração, em todas as Comunidades, iniciando no dia 1º de junho de 2007 e se estendendo até 2008, com o encerramento na Missa de Nossa Senhora Aparecida, na Praça Arautos da Paz, com a presença de mais de 50 mil pessoas. O Monumento da Caridade foi a compra de um sítio, próximo ao Centro de Detenção, em Hortolândia, que, em razão dos altos custos, continuam a ser adaptados para o acolhimento de irmãos e irmãs necessitados.
Durante todo esse Ano Jubilar, Dom Bruno realizou uma Visita Pastoral a todas as Paróquias da Arquidiocese, com o objetivo de traçar um panorama da realidade local nas dimensões pastoral, litúrgica e administrativa. Ao final de cada da visita, Dom Bruno entregava um relatório com as suas observações.
Encerrando as festas do Centenário da Arquidiocese de Campinas, no dia 08 de dezembro de 2008, Dom Bruno publicou uma Carta Pastoral com o objetivo principal de:
…conclamar nossa Igreja para que se una e intensifique sua comunhão e participação em todos os setores da vida eclesial, da pastoral e, mormente no elã missionário que deve nos animar. Meu objetivo primordial é oferecer a todos, pontos luminosos que devem nortear nosso trabalho pastoral, no cumprimento do objetivo geral da pastoral de nossa Igreja e em nossa ação evangelizadora.
Pastoral não se faz por decreto, lembrou Dom Gilberto em sua Carta Pastoral por ocasião dos 70 anos de criação de nossa Diocese em 1978. E eu acrescento, nem com legislação eficiente, ou plano de pastoral apropriado, bem escrito, mas com a adesão de corações repletos de fé e esperança, que desejam praticar a caridade, sendo que a primeira caridade é o anúncio do Evangelho, a que o plano de pastoral deve servir. Que sejamos unidos no essencial em meio á pluralidade de ações evangelizadoras que a realidade nos for apontando a cada dia. Unidade na pluralidade: programa comum percorrido por caminhos diversos, eis nosso desafio.
Que vocês possam receber esta carta, como uma mensagem de amor e solicitude do pastor que deseja ardentemente ver cada um de vocês transformados em carta viva de Nosso Senhor Jesus Cristo, missionários e missionárias do Evangelho: “Carta escrita nos corações, conhecida e lida por todos os homens” (2Cor. 2,2).
A partir das Visitas Pastorais de Dom Bruno a toda a Arquidiocese nos anos de 2007 e 2008, com as Festividades do Centenário de nossa Igreja Particular e a Carta Pastoral, foram encaminhados, pela Coordenação de Pastoral, os trabalhos para a confecção do 7º Plano de Pastoral da Arquidiocese de Campinas, baseados nos estudos realizados pelos Blocos Temáticos, partilhados em grandes encontros arquidiocesanos. Essas reuniões motivaram a participação de todas as instâncias na elaboração das proposições aprovadas com muita alegria na Assembleia de nossa Igreja, realizada aos 07 de novembro de 2009. O 7º Plano de Pastoral da Arquidiocese de Campinas foi entregue por Dom Bruno na Missa da Quinta-feira Santa, no dia 1º de abril de 2010, na Catedral Metropolitana.
Dom Bruno esteve sempre entusiasmado com a implantação do Plano de Pastoral. Fazia continuamente alusão aos três eixos articuladores que foram assumidos pela Igreja de Campinas: Acolhedora, Renovada e Solidária.
Dom Bruno foi, pela sua dedicação, trabalho e amor à Igreja de Jesus Cristo e a seu rebanho, um digno sucessor dos Bispos que fizeram história em Campinas. Sua simpatia e simplicidade foram marcantes e cativaram a Arquidiocese de Campinas e todo o Brasil.
Marcante, também, na vida de Dom Bruno foi a preocupação com o povo que lhe foi confiado para pastorear. Dizia sempre aos seus padres e diáconos para estar no meio do povo, sentindo as suas aflições e necessidades, buscando sempre consolar, acudir e ser presença humana, principalmente junto aos que sofrem. Da mesma maneira, sempre pediu ao povo que acolhesse, com carinho, os padres e diáconos a eles confiados. Seu amor e sua preocupação pelos seus filhos eram imensos. Incentivou e dava enorme importância às Semanas de Estudo do Clero, realizadas no primeiro semestre do ano, e aos Retiros Espirituais, realizados no segundo semestre.
Jamais se furtou a se posicionar sobre a realidade, como autêntico discípulo missionário de Jesus. Através de artigos publicados em jornais, entrevistas aos Meios de Comunicação ou pelo site da Arquidiocese, tinha uma palavra refletida a partir do Evangelho. Nunca deixou de atender aos profissionais de imprensa, pois dizia da importância dos veículos de comunicação na divulgação da Palavra de Deus, que chega onde a Igreja, muitas vezes, não tem como chegar.
Dom Bruno sofria, já há algum tempo, com o diabetes.
No dia 20 de junho passado, três dias antes da Solenidade de Corpus Christi, Dom Bruno foi internado no Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, em razão de uma indisposição. Foi diagnosticado o quadro de encefalopatia que em razão do mal funcionamento do fígado, as toxinas afetam o cérebro, causando dormência e esquecimento. Seu quadro se agravou, com a falência dos rins e fígado, ficando por dois dias em coma na Unidade de Terapia Intensiva Adulto.
Com a graça de Deus, se recuperou e na tarde dia 23 de junho, Corpus Christi, foi liberado do Hospital e passou a se recuperar na casa do saudoso Monsenhor José Antônio de Moraes Busch, tendo em vista a necessidade de tranquilidade absoluta e o monitoramento constante de seu estado de saúde.
No dia 17 de julho, Dom Bruno voltou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Hospital e Maternidade Celso Pierro, com o quadro de encefalopatia, mas mantinha-se acordado, consciente, lúcido e conversando. Alimentava-se sozinho e seus sinais vitais estavam dentro da normalidade. Permaneceu internado até o dia 19 de julho, quando foi liberado e voltou para a sua residência particular, acompanhado por sua sobrinha, Carolina.
Na noite de 22 de agosto, rompeu-se uma veia do seu esôfago, causando uma grande hemorragia. Dom Bruno foi imediatamente levado ao Hospital e Maternidade Celso Pierro, onde ficou internado na Unidade Coronária (UCO). Na madrugada de 26 de agosto, às 02h30, foi transferido para o Hospital Bandeirantes, em São Paulo, para ser acompanhado por uma equipe de hepatologistas.
Na tarde de terça-feira, dia 28 de agosto de 2011, às 15h00, Dom Bruno faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos.
por Assessoria de Comunicação Social da Arquidiocese de Campinas

Nota de falecimento – Dom Bruno Gamberini


Nota de falecimento – Dom Bruno Gamberini

Com profunda tristeza comunicamos o falecimento de Dom Bruno Gamberini, Arcebispo Metropolitano de Campinas.

Aguardamos a nota oficial do hospital e mais informações. Nosso querido amigo e arcebispo faleceu por volta das 15 horas no Hospital Bandeirantes em São Paulo por falência múltipla dos órgãos.

Requiem aeternam dona ei, Domine,et lux perpetua luceat ei.
Requiescat in Pace.Amen.


Campinas, 28 de agosto de 2011 – 13h30

Dom Bruno Gamberini, Arcebispo Metropolitano de Campinas, permanece internado na UTI do Hospital Bandeirantes, sedado, sob ventilação mecânica e com piora do quadro séptico. A febre persiste apesar da ampliação da antibioticoterapia. Houve agravamento da função renal sendo necessário o início de hemodiálise.
O quadro clínico piorou sendo considerado gravíssimo.

“Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com sua conduta” (MT 16,27).


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

22ª Semana Comum 26 AGOSTO


Oração
Pai, seja a minha vida uma contínua preparação para o encontro contigo e com teu Filho Jesus. Que nada seja suficientemente forte para frustrar este encontro tão esperado.
Primeira leitura: 1Ts 4,1-8
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses - 1Meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 2Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus. 3Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade, afastai-vos da impureza; 4cada um saiba tratar o seu parceiro conjugal com santidade e respeito, 5sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus. 6Que ninguém, nessa matéria, prejudique ou engane seu irmão, porque o Senhor se vinga de tudo, como já vos dissemos e comprovamos. 7Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade. 8Portanto, desprezar estes preceitos não é desprezar um homem e sim, a Deus, que nos deu o Espírito Santo. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 96
          — Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
— Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

— Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.

— As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.

— O Senhor ama os que detestam a maldade, ele protege seus fiéis e suas vidas, e da mão dos pecadores os liberta.

— Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu santo nome!
 
Evangelho: Mt 25,1-13
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

         Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1”O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previ­dentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ l2Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Mateus apresenta algumas narrativas parabólicas que, além do ensinamento que pretendem transmitir, envolvem características negativas. Nesta parábola de hoje, percebe-se a falta de solidariedade da parte das moças "prudentes" em relação às "imprudentes", bem como a resposta final, excludente e intolerante, do noivo. Esta parábola insere-se no tema escatológico da vigilância. Os discípulos devem estar vigilantes. Na perspectiva da escatologia presente, isto significa que devemos estar atentos e operosos em relação às necessidades dos pobres e excluídos, entre os quais encontra-se o próprio Jesus
 
Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura, renovando minha fé, com todos os que, neste espaço virtual, buscam a Palavra:
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Creio, meu Deus, que estou diante de ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Mt 25,1-13, e observo a parábola do Reino dos céus
Ao falar das moças ajuizadas que levaram óleo para as lamparinas representam as pessoas que esperam o Senhor lutando para construir um mundo de acordo com o Projeto de Deus. São os cristãos que atuam nas comunidades, buscando a justiça, o amor, a verdade, como propõe Jesus no seu Evangelho. Agindo assim eles mantêm as lamparinas acesas e na Palavra de Deus, encontram o óleo para quando for preciso.As moças sem juízo são os que levam o nome de cristãos, mas não vivem como tal. Enganam aos outros e a si mesmos, buscam sempre seus interesses e não se preocupam com os demais, nem se alimentam da Palavra de Deus. Preferem outras "luzes" que não duram muito.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
O texto me convida a escolher o grupo com o qual quero ir ao encontro do noivo - o Senhor. Ainda há tempo para decidir pelo grupo que têm óleo de reserva ou pelo que não se preocupa com isto. Ou seja, basta-me viver o momento presente. Em Aparecida, os bispos falaram de "con-vocação" à comunhão e não, de buscas individuais. É um discipulado permanente. Este é o sentido das lâmpadas acesas: "A vocação ao discipulado missionário é con-vocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão. Diante da tentação, muito presente na cultura atual de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo nos chegou através da comunidade eclesial e ela "nos dá uma família, a família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão". Isto significa que uma dimensão constitutiva do acontecimento cristão é o fato de pertencer a uma comunidade concreta na qual podemos viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão com os sucessores dos Apóstolos e com o Papa." (DAp 156).

3.Oração (Vida) 
O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, rezando com a súplica de Emaús, feita pelo papa, na abertura da V Conferência:
"Fica conosco, pois cai a tarde e o dia já se declina" (Lc 24,29).
Fica conosco, Senhor, acompanha-nos ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-te.
Fica conosco, porque ao redor de nós as mais densas sombras vão se fazendo, e Tu és a Luz; em nossos corações se insinua a falta de esperança, e tu os faz arder com a certeza da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas tu nos confortas na fração do pão para anunciar a nossos irmãos que na verdade tu tens ressuscitado e que nos tem dado a missão de ser testemunhas de tua ressurreição.
Fica conosco, Senhor, quando ao redor de nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade: tu, que és a própria Verdade como revelador do Pai, ilumina nossas mentes com tua Palavra; ajuda-nos a sentir a beleza de crer em ti.
Fica em nossas famílias, ilumina-as em suas dúvidas, sustenta-as em suas dificuldades, consola-as em seus sofrimentos e no cansaço de cada dia, quando ao redor delas se acumulam sombras que ameaçam sua unidade e sua natureza. Tu que és a Vida, fica em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até seu término natural.
Fica, Senhor, com aqueles que em nossas sociedade são os mais vulneráveis; fica com os pobres e humildes, com os indígenas e afro-americanos, que nem sempre encontram espaços e apoio para expressar a riqueza de sua cultura e a sabedoria de sua identidade. Fica, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso Continente, protege-os de tantas armadilhas que atentam contra sua inocência e contra suas legítimas esperanças. Oh bom Pastor, fica com nossos anciãos e com nossos enfermos! Fortalece a todos em sua fé para que sejam teus discípulos e missionários!"

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Meu novo olhar é guiado pelo que disseram os nossos pastores na Conferência de Aparecida: "Em sua realidade social concreta, o discípulo tem a experiência do encontro com Jesus Cristo vivo, amadurece sua vocação cristã, descobre a riqueza e a graça de ser missionário e anuncia a palavra com alegria." (DAp 167).
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
 
Fonte:
Congregação do Santíssimo Redentor
Paulinas