Oração | |
Pai, dá-me as disposições necessárias para eu realizar bem a missão recebida de Jesus, tendo-o sempre como modelo. | |
Primeira leitura: Jr 23,1-6 | |
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Salmos: Sl 22 | |
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2° Leitura: Ef 2,13-18 | |
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Evangelho: Mc 6,30-34 | |
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Comentário do Evangelho | |
Temos neste texto do evangelho de Marcos mais um sumário da missão de Jesus, que fecha a narrativa do retorno dos apóstolos que haviam sido enviados em missão (cf. 15 jul.) e revela a intensa atividade de Jesus com os apóstolos, em seu ministério. Os apóstolos, ao retornarem, contam tudo o que tinham feito e ensinado, identificados com a prática de Jesus. Na missão o ensino é acompanhado da ação libertadora e vivificante. Não há notícias detalhadas sobre o desenvolvimento desta missão, pois os evangelhos concentram-se na pessoa de Jesus, em seus atos e em seus ensinamentos. Sendo solicitados pela multidão que chegava e saía, Jesus se preocupa com o repouso dos apóstolos. É necessário um tempo para "descansar" e "comer". É uma alusão ao recolhimento para a oração e o alimentar-se da palavra de Jesus. Ele, com seus discípulos, deslocam-se, então, de barco para um lugar deserto. Marcos, em estilo bem impressivo, narra que muitos que viram Jesus partir, e outros mais que se juntaram a estes, se antecipam, a pé, chegando antes de Jesus e seus discípulos, na margem onde desembarcaram. Encontrando a multidão carente que nele busca um sentido para a sua vida, Jesus enche-se de compaixão por ela. Para indicar a multidão, Marcos usa uma palavra (ochlós) que designa o grande número de excluídos e marginalizados, uma confusa maioria de pessoas anônimas que se diferenciam da classe dirigente. Eram pessoas prejudicadas pelo sistema político-religioso, tanto do império romano como do Templo de Jerusalém, que agiam como "governantes e pastores que destroem e dispersam o rebanho da minha pastagem!", em um contexto bem semelhante ao vivido pelo profeta Jeremias (primeira leitura), que denunciava a injustiça e a opressão em seu tempo e colocava a esperança de Judá em um messias que reinaria com justiça. Estas pessoas empobrecidas, excluídas das sinagogas e das elites sociais, buscam acolhida em Jesus. Marcos, de maneira muito característica de seu estilo, destaca o sentimento de compaixão de Jesus pela multidão, realçando sua condição humana e seu amor divino. Jesus é o bom pastor que acolhe as multidões, sem discriminar ninguém, unindo a todos na paz que é fruto do amor (segunda leitura). Ele se põe a ensinar. O ensino de Jesus, a ser comunicado na missão, não é um simples acúmulo de saber. É a revelação da face de Deus e de sua presença amorosa entre os pobres e excluídos, descartando a busca ambiciosa de dinheiro e de poder. A palavra amorosa Jesus, dirigida aos excluídos e marginalizados, traz-lhes esperança e ânimo. Suas palavras não são princípios de uma doutrina, mas são uma comunicação de vida e amor. Sua prática é acompanhar suas palavras com gestos de libertação e dom da vida. O ponto alto de seu ensinamento, destacado neste episódio, é a educação para a partilha, que será narrada em seguida. | |
Leitura Orante | |
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terça-feira, 17 de julho de 2012
Liturgia diária. 16º Domingo Tempo Comum 22 JULHO
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