terça-feira, 27 de novembro de 2012

Nossa Senhora das Graças – O primeiro dizer sobre Maria


Nossa Senhora das Graças – O primeiro dizer sobre Maria

“Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (cf. Lc 1, 28).

Segundo a Sagrada Escritura, este foi o primeiro diálogo direto de Deus com Nossa Senhora, já a intitulando, plena, repleta das graças do Senhor.
Os anjos – mensageiros de Deus – são a manifestação da própria presença do Altíssimo, em várias outras passagens bíblicas, vemos que a figura Angélica é tratada como tal o é, outrora, como a presença do próprio Senhor Onipotente. “Os dois homens disseram a Ló: Vamos destruir este lugar” (cf. Gn 19, 12-13), mais a frente: “levantai-vos e saí deste lugar, porque o Senhor vai destruir a cidade” (cf. Gn 19, 14).

A visita do Anjo Gabriel foi à visita da própria Santíssima Trindade aquela que tinha sido eleita como Medianeira das Graças do Céu a humanidade.

Para entender o que é ser portadora das Graças de Deus é importante sabermos o significado desta palavra.

Numa sociedade que idolatra o consumo e o individualismo, fica até difícil de entendermos o conceito de Graça. De graça é gratuito, recebido sem o mérito. Até muitas vezes, ficamos desconfiados quando alguém nos diz: “É grátis!” Fica a impressão de que sairá mais caro do que o real valor.
Graça é concessão de bondade a alguém que não tinha direito. Também pode significar encanto, beleza. (cf. www.dicionarioinformal.com.br)
Na língua grega, Graça significa: Favor do Rei, ou Amor do Esposo ou ainda, Atribuição Divina.
Também, quando lhe perguntarem: “qual a sua graça?”, estará essa pessoa se referindo ao seu nome. É uma forma antiga de indagar a identidade do outro.

Em Maria todos esses sentidos e significados ainda são meras pequenezas, diante da grandiosidade do plano de salvação que perpassa por ela. Plano que se inicia antes da vinda do Salvador, com ela (Maria) contribuindo com seu sim, atravessa todo ministério de seu filho Jesus e a faz presente até no nascimento da Igreja do Cristo, Maria está lá, junto aos apóstolos no derramamento do Espírito Santo prometido. Como então, separar Maria do ministério do Cristo? “Ave, cheia de graça”. Nossa Senhora é repleta, é muito mais do que os homens podem comportar de benefícios. São as bênçãos infinitas de Deus que passam por ela.  
E Nossa Mãezinha entende de forma tão profunda o que é portar as Graças do Céu, que imediatamente, parte para casa de sua parenta Izabel, e ali distribui os favores de Deus.
Ela tem pressa em dispensar daquilo que ela está plena.

Qual a graça que você está precisando hoje? O que mais seu coração anseia? Ou o que você poderia entregar para Deus realizar um favor em ti ou na sua família?

Vou dividir este artigo em duas partes, amanhã escreverei sobre o Canto do Magnificat, também um sinal do derramamento das Graças de Deus para o mundo, através de Nossa Mãe.

Oração 
   
No céu e na terra, os corações a levam consigo;
saúdam-te as harpas e cítaras angélicas,
entoam cânticos de gratidão ao teu sim;

Toda a natureza, toda criatura, vem a tua presença,
venerando a beleza da mais formosa das rainhas;
o hálito da brisa que passa pelas flores do campo leva o perfume de tuas mãos;

Aquele que é o autor da vida,
motivo pelo qual tudo foi criado, todas as coisas foram feitas,
escolheu a ti, separou-a para Ele mesmo.

Será o céu azul, extensão do teu manto virginal?
As estrelas, diamantes ornando suas vestes puríssimas?
Teu coração irradia o fogo de amor daquele que é o Sol da minha alma.  

Assim como as abelhas produzem o melhor para sua Rainha,
permita-me ser gerado no teu Filho,
para te oferecer toda doçura que anseio lhe dar!

Mãe do Amor Eterno,
daí-me te amar, nesta vida, e juntamente com os anjos,
entrar no teu imaculado coração, por todos os séculos

Amém!





Santa Catarina Labouré

27 de Novembro


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Santa Catarina LabouréCelebramos neste dia o testemunho de vida cristã e mariana daquela que foi privilegiada com a aparição de Nossa Senhora, a qual deu origem ao título de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa.

Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.

Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade.

Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:

"A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem''.

Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: "Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações".

Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.

Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha "desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa".

Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.

Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.

Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.


Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.


Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.


Santa Catarina Labouré, rogai por nós!









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