sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Liturgia diária. Assunção de Nossa Senhora 18 AGOSTO

Oração
Senhor Jesus, que a contemplação da assunção de tua mãe santíssima me inspire a viver em comunhão com Deus, servindo-o como servo humilde.
Primeira leitura: Ap 11,19a; 12,1.3-6a.10ab
Leitura do Livro do Apocalipse de São João: 19aAbriu-se o Templo de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. 12,1Então apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. 3Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete coroas. 4Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. 5E ela deu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. 6aA mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. 10abOuvi então uma voz forte no céu, proclamando: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 44
          — Cheia de graça a Rainha está à vossa direita, ó Senhor.
— Cheia de graça a Rainha está à vossa direita, ó Senhor.— À vossa direita se encontra a rainha,/ com veste esplendente de ouro de Ofir./ As filhas de reis vêm ao vosso encontro,/ com veste esplendente de ouro de Ofir.
— Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:/ “Esquecei vosso povo e a casa paterna!/ Que o rei se encante com vossa beleza!/ Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor!
— Entre cantos de festa e com grande alegria,/ ingressam, então, no palácio real. Cheia de graça a Rainha está à vossa direita, ó Senhor.
 
2° Leitura: 1Cor 15,20-27a
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios: Irmãos: 20Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião de sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 27aCom efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”. - Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Lc 1,39-56
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São joão.
          - Glória a vós, Senhor.

        Naqueles dias, 39Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia.40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.46Então Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam.51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa. - Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
A festa da vitória de Deus

A solenidade da Assunção da Mãe de Deus é, em primeiro lugar, a festa da vitória de Deus e do seu Cristo sobre o mal e a morte. Deus é o Senhor da vida. “Por um só homem a morte entrou no mundo, também por um só homem vem a ressurreição dos mortos. Assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida” (1Cor 15,21-22).

A festa da Assunção da Mãe de Deus é a festa da Páscoa do ser humano, da participação da nossa humanidade na Páscoa de Cristo.

O trecho do livro do Apocalipse é uma visão, uma revelação de um grande sinal. Como se trata de um sinal, ele precisa ser interpretado e bem compreendido. Este grande sinal é o da Igreja triunfante, na eternidade (“lua debaixo dos pés – v. 1), vitoriosa (“coroa de doze estrelas” – v. 1), iluminada com a luz do Cristo Ressuscitado (“vestida com o sol” – v. 1), pronta para dar à luz (v. 2); a Igreja fiel ao seu Senhor gera, pela fé, novos filhos. É ameaçada pelo Dragão (vv. 3-4), e protegida, ela e seu filho (v. 5-6). Essa imagem não foi aplicada imediatamente a Maria, somente mais tarde e como fruto do amadurecimento da fé da Igreja na ressurreição de Jesus Cristo. A mãe de Deus é modelo do discípulo que, não obstante a perseguição e o sofrimento, guarda fielmente a palavra de Cristo. O texto do Apocalipse tem como finalidade manter viva a esperança da Igreja peregrina e sustentar o seu testemunho. A mãe do Senhor é ícone da Igreja.

O dogma da Assunção, defendido em 1950 pelo Papa Pio XII, afirma que Maria foi “elevada à glória celeste”. Não se trata de um deslocamento espacial. Não se afirma uma nova localização, mas a transfiguração do corpo e a passagem de sua condição terrestre para a condição gloriosa da totalidade de sua pessoa (= corpo e alma).

A festa da Assunção é a festa do destino do ser humano: destinado à plenitude da felicidade – isto é, à “glória celeste”. A vida de Maria, como a nossa vida, não se encerra nos limites desta história, mas tende plenamente para Deus, por quem ela é atraída desde sua concepção. A Assunção de Maria é sinal concreto de esperança para todo o gênero humano; é sinal da dignidade presente e futura do homem criado e redimido por Deus.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,
paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos, pela grande rede da internet,
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1- Leitura (Verdade)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Lc 1,39-56.
No episódio da Visitação, Maria e Isabel viveram uma experiência inédita de si mesmas, quando uma se abriu para a experiência da outra, para a habitação de Deus na outra.
No momento, elas conseguiram assumir em si a outra pessoa, ou outro projeto de Deus. Elas se visitaram enquanto mães. Elas se reconheceram enquanto pessoas amadas e chamadas por Deus. Elas vibraram de alegria e se abençoaram enquanto foram capazes de escutar uma outra voz, capazes de agradecer, e de rezar.
Os bispos do Brasil, nas Novas Diretrizes da Igreja (2011-2015) apontam para a gratuidade e missionariedade, sempre a "partir de Cristo". É o que vivem Maria e Isabel.
A solidariedade é uma resposta ao chamado de Deus e, de qualquer maneira que ela seja vivida, constitui sempre uma forma ativa de compromisso, é um serviço recíproco.

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Convida-me a ser uma pessoa solidária. Recordamos as palavras dos bispos na Conferência de Aparecida: “Agora, desde Aparecida, Maria convida-os a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos ao redor de Jesus Cristo.” (DAp 265).
No episódio da Visitação é difícil dizer qual das duas mulheres precisava da outra, qual delas auxiliava e servia a outra. Nós estamos acostumados a dizer que Maria foi ao encontro de Isabel para servi-la: isso por força do hábito, e que empreendeu uma viagem para ver a outra. Mas a dinâmica desse episódio não é assim tão simples. A obrigação que motivou a visita de Maria a Isabel, segundo nos informou Lucas, não era uma obrigação de caráter material, de serviços práticos, desses auxílios caseiros que Isabel poderia receber sem problema algum por outras vias. Era uma necessidade que elas tinham de se confrontar na fé.

3- Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Faço minha oração pessoal e rezo a Maria:

Odogitria
Mostra-nos, Maria, os caminhos de Jesus
Odogitria
Mostra-nos, Maria, o caminho pra Jesus
Pan haghia, toda santa és Maria
Pan haghia, toda santa és Maria
Sabes conduzir
Sabes conduzir ao teu Jesus
Quem procura uma luz

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e o coração de Maria, reconhecendo as graças que Ele nos concede a cada instante.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
 
Fonte: 
Congregação do Santíssimo Redentor
 
Santo do dia - Conheça a história da vida dos santos.

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