sábado, 12 de abril de 2014

Liturgia diária. Domingo de Ramos 13 ABRIL

Oração
Pai, ajuda-me a descobrir, na morte de Jesus, um testemunho consumado de sua liberdade, e de fidelidade a ti e ao teu Reino.
Primeira leitura: Is 50,4-7
Leitura do Livro do profeta Isaías
4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Salmos: Sl 22
          — Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
— Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?

— Riem de mim todos aqueles que me vêem,/ torcem os lábios e sacodem a cabeça:/ “Ao Senhor se confiou, ele o liberte/ e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”

— Cães numerosos me rodeiam furiosos,/ e por um bando de malvados fui cercado./ Transpassaram minhas mãos e meus pés/ e eu posso contar todos os meus ossos.

— Eles repartem entre si as minhas vestes/ e sorteiam entre si a minha túnica./ Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,/ ó minha força, vinde logo em meu socorro!

— Anunciarei o vosso nome a meus irmãos/ e no meio da assembléia hei de louvar-vos!/ Vós, que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,/ glorificai-o, descendentes de Jacó,/ e respeitai-o, toda a raça de Israel! 
 
 
2° Leitura: Fl 2,6-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses
6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o e altou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome.10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor”, para a glória de Deus Pai. 
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
 
Evangelho: Mt 26,14-27,66
         - O Senhor esteja convosco.
          - Ele está no meio de nós.
          - Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo São Mateus.
          - Glória a vós, Senhor.

        Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus
Narrador 1: Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus: Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:
Ass.: “Tu és o rei dos judeus?”
Narrador 1: Jesus declarou:
Pres.: “É como dizes”.
Narrador 1: 12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou:
Leitor 1: “Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?”
Narrador 1: 14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida:
Ass.: “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”
Narrador 2: 18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
Mulher: “Não te envolvas com esse justo, porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.
Narrador 2: 20Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a perguntar:
Ass.: “Qual dos dois quereis que eu solte?”
Narrador 2: Eles gritaram:
Ass.: “Barrabás”.
Narrador 2: 22Pilatos perguntou:
Leitor 2: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?
Narrador 2: Todos gritaram:
Ass.: “Seja crucificado!”
Narrador 2: 23Pilatos falou:
Leitor 1: “Mas, que mal ele fez?”
Narrador 2: Eles, porém, gritaram com mais força:
Ass.: “Seja crucificado!”
Narrador 1: 24Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:
Leitor 2: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”
Narrador 1: 25O povo todo respondeu:
Ass.: “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.
Narrador 1: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado.27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e reuniram toda a tropa em volta dele. 28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; 29depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:
Ass.: “Salve, rei dos judeus!” 
Narrador 2: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”.
Narrador 1: 34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber.35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação:
Ass.: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. 
Narrador 1: 38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
Ass.: 40”Tu, que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”
Narrador 2: 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
Ass.:42”A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus”.
Narrador 1: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam.45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:
Pres.: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”
Narrador 1: Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 47Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:
Ass.: “Ele está chamando Elias!”
Narrador 1: 48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:
Ass.: “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”
Narrador 1: 50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.
Todos se ajoelham e ficam em silêncio

Narrador 2: 51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram!53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:
Ass.: “Ele era mesmo Filho de Deus!” 
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
 
Comentário do Evangelho
Jesus é o servo obediente de Deus.
Com o domingo de Ramos e da paixão do Senhor tem início a Semana Santa. Com a primeira e a segunda leituras, a ideia inicial a se ter presente é que Jesus é o servo obediente de Deus; obediência que o Senhor aprendeu pelo sofrimento. Toda a vida de Jesus é movida pela escuta de Deus, escuta que o sustentou ao longo de toda a sua vida; escuta que fez com que ele não esmorecesse diante da traição, do sofrimento e da morte.

A segunda consideração nos vem do relato da paixão: Jesus é traído por um dos seus, que partilhou com ele a vida e a fé. Mas não somente um o traiu; todos os seus discípulos também o fizeram, pois negar e abandonar é também trair. Não tiveram a coragem de permanecer com o Senhor que eles diziam amar. Noutro evangelho, Pedro, porta-voz do grupo dos discípulos, dirá que a palavras de Jesus continham a vida eterna, lhes fazia experimentar a força da vida de Deus (cf. Jo 6,67-68). Mas naquele momento de dor não conseguiram permanecer fiéis àquele que era a Palavra encarnada do Pai.

É do interior do próprio grupo dos discípulos que se dá a traição. Que dor pode ser maior que a traição e o abandono? A espada mais cortante do que a que feriu a orelha do servo do centurião é a traição, pois essa atinge a confiança, o coração. Uma terceira consideração é que Jesus é o inocente condenado injustamente à morte. A inveja é o motivo da condenação e morte de Jesus.

A inveja não é racional; como toda paixão que afeta o coração do ser humano, ela é irracional. Dominado pela inveja, o ser humano age perversamente buscando eliminar quem quer que seja. Pilatos, diz o evangelho, sabia da inocência de Jesus e do motivo sórdido pelo qual ele foi entregue, mas por razões políticas a sua decisão partilhou da injustiça dos que acusavam e entregaram Jesus à morte. Na paixão, Jesus permanece praticamente calado.

O silêncio do Senhor denuncia a maldade daqueles que o condenam à morte. O silêncio de Jesus revela também a sua compreensão de que no desfecho dramático da sua existência terrena se realiza o desígnio de Deus. O silêncio é sinal de sua entrega nas mãos do Pai. Jesus sofre, se angustia, mas nem uma coisa nem outra o faz desistir de realizar a vontade de Deus. Ao contrário, do alto da cruz, ele faz a sua entrega definitiva: “Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”.
 
Leitura Orante
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Fonte: 
Congregação do Santíssimo Redentor
 
Santo do dia - Conheça a história da vida dos santos.

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