terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Você enxerga uma pessoa. O Estado enxerga um número. Apoio a Família.

Bom nem sei o que falar ver em uma reportagem uma notícia que nos abalou saber da morte prematura de um jovem que vimos crescer e que foi brutalmente ferido e morto pedimos a Deus que cuide de seus pais e de sua irmã. Amém


Onde está o Estado que não ampara o PM em vida e nem após a morte? Este é Wesley Vanderlei Pietro Bom, Policial Militar de 23 anos assassinado em 13/06/2014. Apóio a Polícia Militar pede a gentileza que você compartilhe a mensagem abaixo, escrita pela mãe dele, hoje, para que esse grito se torne mais alto.
"Perdi meu filho tragicamente, estou sofrendo tanto que às vezes penso que tanto eu quanto meu marido vamos enlouquecer. A impressão que tenho é que estamos tratando de um pneu furado, de um chinelo velho, de um celular roubado, de um pacote de feijão roubado, de qualquer coisa, menos uma vida que se foi. Estamos desde o dia 15/06/2014 tentando resolver a situação de Wesley.
Dizem que quando alguém morre, suas dividas morrem junto, todavia, tudo isso é pura mentira, porque falaram que toda as dividas dele são transferidas para seus pais.Na hora em que uma pessoa vai efetuar uma compra, por ele ser adulto, trabalhador, ninguém exige que seus pais assinem nada. Mas nessa hora, o que ouvimos é que temos que pagar tudo,
Meu marido tem ido frequentemente levar documentos do Wesley nos locais ao qual ele tem que comparecer e o que eles dizem é que meu marido tem que entrar com processos, ações, para saber SE meu filho tem direito a receber alguma coisa, ou seja, nós mesmos temos que pagar advogado do nosso próprio bolso. E vejam mais, até para ele, o Wesley, receber férias, 13º, licença prêmio, temos que esperar dois anos para saber SE ele tem direito.
Afinal, quem somos nós? Pais de um bandido? Pais de um artista famoso? Pais de algum governante? Não! Apenas somos pais do Wesley. Quem é esse Wesley? Esse é somente nosso filho, filho de pessoas quaisquer. Filho este que transformou-se apenas em mais um número de estatísticas.
O preso recebe mordomias na cadeia e ainda é indenizado quando sai dela. Que absurdo! Meu filho, honesto, trabalhador, pelo jeito ficará com uma mão na frente e outra atrás. Se o caso fosse ao contrário, meu filho matado o bandido, a família do safado estaria amparada por todas as leis, inclusive pelo governo; o bandido teria saído até nas redes sociais como coitado, e todos dizendo que "a polícia não presta" ou que "não sabe trabalhar", mas como foi o contrário, ninguém ouviu falar a respeito dele ou da família. Sinto-me como se estivesse pedindo esmolas.
É, mas meu marido é um simples funcionário público, que trabalha para o governo há quase 30 anos, não ganha bem e ainda tem que arcar com todas as despesas. Não estou criticando a polícia militar em hipótese alguma, pois ela é apenas um órgão do governo, estou indignada com o próprio governo. Porque quem ama a polícia militar, ama mesmo, honra sua farda e o que faz., meu filho era um desses. Ele era apaixonado pela profissão e saiba, ele poderia ter sido um médico, advogado, engenheiro, porque ele era um rapaz muito inteligente, sábio e dedicado, mas não, estudou muito, não pensem vocês que para ser um policial é só pagar a taxa de inscrição, esse é só o primeiro passo.
Cada porta que batemos, recebemos um NÃO:NÃO me importa; NÃO tenho nada com isso; NÃO estamos nem ai para os seus problemas; NÃO queremos saber quem foi seu filho!
Agradeço toda a Família Policial Militar que tem muita força, mas não pode usá-la.
Estamos nos sentindo impotentes. Afinal, quem perdeu o filho fui EU!
Atenciosamente, Rose, mãe do Wesley Vanderlei Pietro Bom.
Mauá, 02 de Julho de 2014.
E que Deus nos ajude, pois só ELE por nós.

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