sábado, 23 de outubro de 2021

Reflexão: O vendedor de balões

 




O vendedor de balões

Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.

Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho se soltar e se elevar nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.

Havia ali perto um menino negro que estava observando o vendedor e, é claro, apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e, finalmente, um branco. Todos foram subindo até sumirem de vista.

O menino, de olhar atento, seguia cada um. Ficava imaginando mil coisas… Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.

Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
— Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?

O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto este se elevava nos ares, disse:

— Não é a cor, filho. É o que está dentro dele que o faz subir.

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